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Com beleza e profundidade, Light Fall encanta fãs de plataforma

Já há algum tempo, os jogos indies conquistam lugar de destaque e ganham o interesse dos gamers. Muito desse crescimento se deve aos conteúdos de ótima qualidade que vem sendo produzidos por essas empresas e Light Fall mostra mais uma vez o crescimento dos estúdios independentes.

Uma boa história pode render um grande jogo.

Desenvolvido pela Bishop Games para PC e agora chegando ao Nintendo Switch, o jogo conta a história dos Kamloops, que após vários anos em guerra tomam a difícil decisão de abandonar suas terras em busca de paz e acabam por escolherem o misterioso Mundo de Numbra como sua nova morada. Porém uma nova ameaça está dominando o local e cabe ao pequeno personagem de olhos brilhantes a responsabilidade de salvar a todos os Kamloops e o mundo de uma escuridão misteriosa. Além desta tarefa, a jornada resgata memórias outrora esquecidas. Para tal feito, o pequeno contará com a ajuda de Stryx, uma velha e sabia coruja que, juntos, deverão salvar o misterioso Mundo de Numbra.

Apesar de trazer uma boa e envolvente história, a mesma se mostra muito confusa e com um desenrolar lento. Stryx irá contar tudo o que sabe sobre Numbra, seu povo e suas origens, mas muitos conhecimentos advém de colecionáveis escondidos durante as fases, que muitas vezes trazem grandes textos e uma grande quantidade de informações – que dificilmente alguém lembrará um pouco mais a frente.

Um quadrado poderoso e muito útil.

O jogo conta com um gameplay simples, que consiste basicamente em correr, saltar e saltar de paredes. Com puzzles de fácil resolução, mas com obstáculos que em certos momentos podem trazer alguma dor de cabeça, existe um certo desequilíbrio de dificuldade durante o game. A grande quantidade de checkpoints em cada fase é um alívio, já que o castigo acaba não sendo tão severo em caso de falha. Há apenas dois bosses, que não impões grandes dificuldades e poucos inimigos, que são facilmente derrotados com apenas um golpe de sua melhor aliada durante o game: o Shadow Core – Núcleo das Sombras em tradução literal.

O Núcleo das Sombras é uma caixa que lhe dará habilidades únicas. Ao todo são quatro as funções do Núcleo: a primeira e talvez mais útil é a possibilidade de criar uma plataforma abaixo dos seus pés quando saltar. A segunda, é a de coloca-la onde achar necessária, facilitando chegar em pontos mais difíceis ou então de utilizar em mecanismos para liberar a sua passagem. A terceira é a de atirar o Núcleo em qualquer inimigo e, por fim, a última permite utilizar o núcleo em ambos os lados do personagem, criando um escudo ou uma parede para realizar saltos e alcançar locais mais altos. Mas como nem tudo são flores, a caixa traz limitações. Só é possível criar quatro plataformas até que o personagem toque o chão e reinicie essa contagem. Outra limitação que a caixa traz é a quantidade de vezes simultânea que ela pode ser usada. É somente possível utilizá-la uma de cada vez, ou seja, quando você cria uma nova caixa, a antiga irá desaparecer.

Uma boa experiência para os olhos e ouvidos.

Light Fall conta com bonitos e agradáveis gráficos. Alguns aspectos do jogo lembram Limbo, um dos maiores sucessos independentes desta geração de videogames. Com uma combinação de cores rosa, verde e azul, a silhueta do pequeno personagem ganha destaque, em um cenário que, apesar de toda história sombria contada, não traz um ar de escuridão. Pelo contrário, o game traz um visual agradável, algo doce e delicado. Junte a isso uma trilha sonora envolvente e marcante e pronto, a experiência está completa. Ainda sobre o áudio do jogo, a excelente dublagem de Stryx é um ponto a favor e, mesmo não estando dublado em português, a narração da coruja é um espetáculo à parte. Outro ponto positivo é que o jogo contém menus e legendas em nosso idioma.

Seja pela beleza, pelo desafio ou pela narrativa, Light Fall é um jogo de plataforma que tem tudo para agradar os fãs do gênero. O personagem principal é ágil e responde bem aos comandos e o uso da Shadow Core é fluído e exige raciocínio. Essa combinação de fatores torna o jogo recomendável, ainda mais no Nintendo Switch.

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