Um lugar gélido e uma atmosfera cercada de suspense…. Desenvolvida pela Parabole e publicada pela Koch Media, o game te coloca no papel do investigador particular Carl Faubert, contratado para investigar atos de vandalismo nas propriedades de Willaim Hamilton na pequena e remota cidade de Lake Atamipek. A história pode parecer meio clichê de filmes de suspense, o que de fato não é nenhuma inverdade. Ambientada na década de 70 em uma bela e sinistra paisagem congelada, diversos eventos misteriosos formam o enredo do jogo e a cada pista achada, mais estranho a história vai se tornando.
Equipado de uma câmera Polaroid para registrar qualquer coisa fora do comum, o jogo se inicia com um acidente com a caminhonete que você dirige e a partir daí cabe a você não só realizar seu trabalho de investigação, como também sobreviver. Vulnerável ao clima e ao estresse cabe a você gerenciar tudo isso, seja conseguindo itens básico para sobrevivência, como lenha para acender fogo e não morrer congelado ou medicamentos para combater a ansiedade.
Para conseguir tudo o que precisa, você deverá explorar as lojas e cabanas da pequena cidade, seja a pé em primeira pessoa ou dirigindo sua caminhonete e isso já nos mostrou ser um pequeno revés ao jogo. A mecânica para guiarmos a pick-up é um tanto quanto desajeitada, mas nada que com um pouquinho de treino não nos torne um melhor motorista. Os controles de forma geral estão bem configurados e fáceis de utilizar, seja para abrir o menu e vasculhar inventários e documentos ou para utilizar itens de forma rápida, como mapa e lanterna.
Além de suprimentos, você encontrará pistas sobre o que e quem você está investigando. Ao interagir com os itens o diário de Faubert irá sendo preenchido gradualmente, permanecendo a sua disposição sempre que necessário e isso lhe será muito útil, uma vez que você terá que realizar combinações de materiais para decifrar algum enigma e até mesmo para consultar uma receita para a produção de bebida e barganhar itens.
Um dos poucos pontos negativo do jogo, são os tempos de carregamento. Ao fazer a transição de uma área para outra, o game trava exibindo um pequeno círculo demonstrando estar carregando a área para podermos prosseguir. Por serem um pouco demorados, esses carregamentos tendem a quebrar a imersão que tínhamos, mesmo não ocorrendo em momentos cruciais do jogo. Os gráficos ficaram muito satisfatórios, uma vez que precisaram ser simplificados em relação aos PCs para que o game pudesse ter uma boa performance no Nintendo Switch.
Para encerrar, Kona é o tipo de jogo que exige muito do jogador, paciência é fundamental, pois os jogadores irão passar boa parte do game realizando procuras minuciosas por itens, abrir e interagir com tudo o que for possível e ler bastante documentos. Andar de um lado para outro procurando soluções é basicamente tudo que você fará no game, já que há pouco combate durante sua investigação. Não que isso seja um problema grave para o jogo pois em sua maior parte, o jogo facilita a forma como você deverá interagir com quaisquer objetos, exibindo uma marca onde você deverá clicar e quando a situação exigir um item chave para prosseguir, você poderá contar com o auxílio de um mapa.