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Deiland mescla crafting, RPG e exploração mas bugs complicam jogabilidade

Traçando um caminho inverso à de franquias consagradas como PUBG e Fortnite, Deiland é um jogo que fez sucesso nos dispositivos móveis e ganhou uma versão adaptada para consoles, mais precisamente o PlayStation 4. Produzido pela pouco conhecida Chibig, o jogo aposta em um estilo que mistura fórmulas já consagradas de gameplay para tentar apresentar uma identidade única de adventure que mistura simulação de vida com criação de itens, elementos de rpg e exploração.

No início da criação, quando o universo era bem jovem, crianças eram enviadas à alguns planetas mágicos para encontrar um tipo especial de cristal. E é essa resonsabilidade que assume Arco, o protagonista, no planeta que é colocado sob sua responsabilidade, Deiland. Porém, com o desenvolver da trama, o objetivo passa a ser encontrar páginas perdidas que contam a real história de Arco e de como ele foi parar naquele planeta que dá nome ao jogo.

Arco inicia sua aventura totalmente solitário, com apenas uma cabana e alguns recursos naturais do planeta Deiland. Algumas características são bem marcantes do novo habitat, como o seu tamanho minúsculo – é possível dar uma volta completa em apenas alguns segundos – e cenários bem impressionantes e bonitos de serem apreciados junto à belíssima visão da galáxia. Com o passar do tempo e ignorando todas as regras da física conhecidas, as intenções de simulação de vida no jogo são apresentadas e o jogador tem que desenvolver sua cabana, plantar, construir poços e minerar metais, entre outras tarefas necessárias à  sobrevivência.

Não estamos sozinhos

Conforme o desenvolver da infraestrutura de Deiland, o pequeno planeta é visitado por alguns viajantes do espaço. E nem todos são bonzinhos: alguns possuem más intenções! Interagir com os alienígenas é imprescindível para o desenrolar da história. Em muitas das vezes eles introduzem novos conhecimentos de construção com Arco, que deve realizar tarefas específicas para receber a recompensa. Na maioria das vezes é preciso cozinhar ou construir algo com os ingredientes, e cabe ao jogador descobrir maneiras de adquiri-los e completar a missão.

Ao longo da aventura, o desafio de Arco é aprender a lidar com criaturas errantes do espaço, fenômenos naturais – como tempestades e meteoros – e até mesmo desbravar algum outro planeta em apuros de algum amigo visitante do espaço. Tudo isso fica muito interessante com a introdução de um sistema de level, onde o jogador pode escolher qual atributo deve ser melhorado e algumas magias que podem ser aprendidas no desenrolar da história.

Bugs atrapalham a missão principal

Deiland entrega um jogo que pode ser bastante divertido. A simplicidade do gameplay agrada jogadores que buscam algo menos complexo, porém a casualidade pode afastar quem busca um desafio maior. As atividades mais elaboradas envolvem construir uma caixa d’água ou assar uma pizza, e isso vai de encontro à essência do jogo, bem minimalista e simplista. Os gráficos não incomodam e até surpreendem em alguns momentos. A trilha sonora é bem condizente com todo o clima pacífico proposto pelo solitário planeta. O que atrapalha o jogo, e chega até a impedir o progresso da aventura, são os bugs. Em alguns casos, quests primárias podem não ser finalizadas mesmo que todos os pré-requisitos sejam atingidos. Isso acaba forçando o jogador a reiniciar o console e o jogo – algumas vezes – para corrigir o problema. Ainda assim, Deiland é um jogo que agrada pela simplicidade e diversão descompromissada, que nunca irá exigir muita habilidade de jogador. Cuidar e explorar um planeta pode acabar fazendo as horas de gameplay voarem, mas a rage pode explodir com os bugs presentes – esperamos que corrijam o mais rápido possível.

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