Esta é minha primeira coluna, que estreia na GamePress como um ambiente descontraído para conversarmos de outras coisas que permeiam o mundo dos games, mas sem ser obrigatoriamente uma notícia sobre jogos. Aqui eu vou falar de entretenimento, cultura pop e nerd, e também de algumas outras paixões, como colecionáveis e o mundo do cinema, tentando sempre, é claro, fazer um link (to the past) com o mundo gamer.
Pretendo colocar um texto toda sexta-feira, mais ou menos no fim do dia, e espero que vocês venham debater nos comentários, como um bom happy hour! Como é a primeira edição, nada mais coerente que falar do filme gamer do momento: Jogador Número 1.
Antes de tudo preciso dizer que esse texto não é uma critica sobre roteiro ou atuações, e sim sobre os sentimentos e sensações que o filme Jogador Nº1 me despertou e, tenho certeza, irá despertar em você também!
Sabe aquela coisa legal que batia na gente quando por acaso encontrávamos um pôster do Sonic ou do Mario no quarto dos adolescentes em algum filme da sessão da tarde, ou então quando em um filme aleatório alguém citava aquele personagem de game que você gostava?
É isso que você vai sentir do início ao fim de Jogador Nº1.
Está certo que a premissa não é inédita e já vimos algo “similar” em Detona Ralph e Pixels, mas não da forma intensa que temos aqui na obra literária criada por Ernest Cline e transportada para o cinema por Steven Spielberg. Aliás, foi graças à grande credibilidade deste que diversas empresas cederam a propriedade de personagens exclusivos para o filme.
Jogador Nº1 é um grande easter egg. Uma chuva de referências da cultura pop que faz o coração de qualquer nerd de qualquer época palpitar de alegria a cada cena.
É indescritível a reação quando logo no inicio do filme há uma corrida de carros da qual participam o Batmóvel, o DeLorean, a Van do Esquadrão Classe A, o Interceptor, a moto do Akira e vários outros veículos famosos! E se só isso não for o suficiente, eles são perseguidos pelo Tiranossauro do Jurassic Park e pelo King Kong! Pare, respire e imagine a cena! (E olha que isso nem chega a ser um spoiler, pois o filme apresenta coisas assim tempo inteiro).
Se você – como eu – for um amante de games, meu amigo, aí sua experiência será completa! Saltarão da tela personagens e referências de games de todas as épocas. É muito emocionante ver uma grande cena de batalha com Master Chief, Tracer e Chun-Li, ou ver como o Atari tem um papel importante para o enredo do filme.
É humanamente impossível pegar todas as referências na primeira vez que assistir ao filme, e talvez na verdade ainda continue impossível nas 10 vezes seguintes. Muita coisa está somente “naquele cantinho da parede”, em uma fala de algum personagem ou em um simples gesto, como foi a homenagem ao filme clube dos 5.
É muito difícil colocar em um texto os motivos desse filme ser tão importante e emocionante sem dar grandes spoilers, mas o fato é que você sai do cinema se sentindo homenageado. Talvez a historia do filme (que não é ruim) não seja tão empolgante, mas com certeza, repito, você se sente homenageado. A impressão é de que chamaram o Spielberg para fazer tudo aquilo para você que por tantos anos alimentou, viveu e amou àquelas referências e personagens!
O filme não é especifico para nenhuma idade. Quem já tem mais de 30 – como eu – vai curtir demais, vai soltar umas lagriminhas em alguns momentos, especialmente quando um certo robô for invocado em uma certa batalha conta outro robô (sem spoilers, né?). E seu filho vai amar ir com você e poder prestigiar também coisas bem contemporâneas como Warcraft e Overwatch!
Enfim, vá assistir o melhor filme sobre vídeo games já feito e volte para casa com vontade de dar um abraço nos seus consoles!
(*todas as imagens foram retiradas do trailer do filme. Eles que deram os spoilers!!)