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Knock Knock – Um Terror em 2D como nunca visto!

Uma leve frase da crítica sobre Knock-Knock diz:

“O que você vê antes de você não é exatamente o que se chamaria ‘um jogo’. É mais como uma meditação interativa, recheada de evidências dispersas, que caíram em nossas mãos. Foi construído de acordo com as instruções, deixadas pelo doador anônimo do arquivo original “.

Ao iniciar Knock-Knock notam-se claramente essas palavras, e é realmente algo impactante. Esse jogo marca pelo seu horror psicológico dando a entender que aquilo é exatamente o que se passa em minha vida.

A mecânica do jogo é extremamente desconcertante, no modo positivo da palavra. O jogador se vê perdido e desorientado diversas vezes com as criaturas que habitam os pesadelos do protagonista e a atmosfera bizarra, à la Tim Burton, é algo estonteante. Porém o medo deixa de ter sentido logo nas primeiras horas de jogo.

Em primeiro lugar, Knock-knock é intrigante. Joga-se como um homem cuja sanidade é imediatamente questionável. Seu cabelo desordenado e os olhos de borda vermelha sugerem instabilidade mental. Ele faz frequentes acenos para você diretamente, olhando a câmera e falando sobre seu estado de exaustão, as terríveis enxaquecas que ele sofreu e suas lembranças assustadoras da casa que você atravessa.

Cada sessão começa com o personagem principal acordando e saindo da cama, mas é impossível saber se ele está realmente acordado ou se você está passando por seus pesadelos. Também é difícil entender se os sons sinistros das portas estão sendo batidos e as vozes fantasmagóricas acabam por deixar em aberto se são reais, ou apenas uma manifestação de sua psicose. À medida que dá os primeiros passos tentativos através da escuridão quase impenetrável da casa, a vela em sua mão lançando pouca luz à sua frente, esses sons conjuram horrores em sua mente, sempre aparentemente espreitando apenas fora de vista nas sombras à frente.

Cada quarto tem uma lâmpada que pode-se iluminar para revelar o seu entorno, no entanto durante os poucos segundos necessários para acender uma, a sala está envolta em completa escuridão, sem nem mesmo a luz da sua vela visível na tela.

Knock-Knock

As salas de iluminação são essenciais para ajudá-lo a encontrar relógios estranhos que se parecem com o protagonista. Enrolar esses relógios traz o alvorecer mais próximo – sobreviver a cada estágio significa chegar ao amanhecer. No entanto, você não está sozinho na casa. À medida que você se move através dos quartos extravagantes, surgem espectros e, ao se encontrar algum destes, perde-se muito do seu progresso e acaba-se rastejando para trás da cama, onde começa a noite.

Em Knock-knock só é possível abrir portas, acender lâmpadas, esconder-se atrás de certos objetos e andar lentamente da esquerda para a direita. Em salas com escadas pode-se mover para cima ou para baixo, alcançando outros andares. Então, torna-se um jogo de esconde-esconde enquanto se explora a casa e busca relógios sem encontrar os horrores que procuram mantê-lo preso no escuro da noite para sempre.

Mas Knock-knock não oferece nenhuma pista sobre a lógica que o governa, e uma e outra vez acaba-se encontrando espíritos espantosos e não entendendo o que deveria ser feito para evitá-los. Todo o som assustador, efeitos e sombras misteriosas que tão efetivamente criaram uma atmosfera de medo tornam-se rapidamente lembretes de agulhas de sua situação frustrante e aparentemente inescapável.

Knock-Knock no resumo da obra, não é um jogo de todo ruim. Diversas vezes é assustador pelo simples fato de não saber se está dentro do sonho do protagonista ou mais uma manhã de passeio pela casa. É impossível discernir muita coisa do jogo, o que o torna confuso e vago em sua história.

Há uma poesia toda em cima do assunto insanidade e depressão, coisas que, para quem sofre dos mesmos problemas, gera uma empatia muito grande em cima do jogo.

 

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