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BGS 2022 acompanha mudança dos gamers

Foram 2 longos anos sem que a maior feira de games da América Latina, a Brasil Game Show (BGS) pudesse acontecer de forma segura devido à pandemia do COVID-19. Mas em 2022 o evento voltou e logo em sua maior edição – de quinta-feira, dia 06 até a quarta-feira seguinte, dia 12 de Outubro, também conhecido como Dia das Crianças, um dos públicos mais destacados no evento.

A coisa mais notável é a transformação que esses anos trouxeram ao público gamer, que inclusive pode ser justificado pelos longos períodos em casa, gerando maior engajamento com streamers e influenciadores da área, destacados no evento com o público lotando estandes de marcas como Twitch e TikTok para encontrar personalidades que não eram tão tietadas há alguns anos.

Nos eventos de Meet & Greet, era comum encontrar filas muito maiores para conhecer e tirar fotos com streamers e influenciadores voltados para o público mais jovem do que os produtores de Street Fighter ou a figurinha carimbada da BGS, o produtor Shota Nakama, que este ano traz a apresentação da Sonic Orchestra para o evento.

Ainda há games

Se por um lado, o crescimento do público que foi à feira em busca de encontrar ídolos das telinhas, não dá para deixar de destacar os estandes de PlayStation – o maior da história do evento – e Nintendo, que atendiam o público mais focado nos jogos em si. Digno de nota também, a ausência da Xbox, que optou por não participar do evento este ano e deixou os fãs a ver navios. A única menção da marca no maior evento de games da América Latina era a funcionalidade de rodar seu serviço em televisores da Samsung.

Tanto Nintendo quanto Sony ofertaram atividades interativas e muitas cabines de jogo para que os visitantes tivessem entretenimento suficiente para gastar horas e horas no evento. A ausência mais sentida foi de God of War Ragnarok, jogo que lança praticamente daqui um mês e, apesar de enfeitar muitos metros do estande da PlayStation, não havia possibilidade de testar ou sequer saber mais sobre o futuro sucesso da marca.

Mas fãs de games tradicionais puderam experimentar em primeira mão o novo Street Fighter VI, no estande da Capcom. O jogo ainda não tem data oficial de lançamento confirmada e estava disponível com 8 personagens mostrando um estilo destacando ainda mais as brigas de rua, incluindo muito da cultura do grafite.

Digno de nota também é o crescimento do PC Gaming, que abrange muito mais do que jogar no computador. O estilo de vida de quem gosta de configurar todas suas opções, desde hardware até a luz da sala, estava em peso em estandes como a Acer, WD, AMD, HyperX, entre outras grandes marcas, atraindo também muito mais público que em edições anteriores da BGS.

Ausências sentidas

Acostumado a longas jornadas na BGS em edições anteriores, algumas ausências marcaram também nossos dias de visita até agora. A primeira delas é a grande coleção de video-games antigos, que traçava toda uma linha do tempo que fazia sentido até chegar aos tempos modernos e em como a BGS ocupa um lugar importante neste caminho.

Também não dá pra negar que as Lojas Americanas fizeram uma enorme falta, com aquele comercio quase informal, preços subindo e descendo a todo momento e, principalmente, opções de lanches rápidos para quem não quer ter que ir até a praça de alimentação para fazer uma refeição. Outras lojas estavam presentes, como a Magalu e a Fast Shop, mas sem oferecer o mesmo tipo de atrativo.

Por fim, o corredor dos Indies, que sempre foi muito animado e cheio de desenvolvedores loucos para encantar os visitantes, pareceu mirrado e sem força. A maioria dos jogos expostos não chamava a atenção e não pareciam fazer muito esforço para exibir seus produtos, salvo exceções como Parallel, um indie brasileiro de ação em primeira pessoa.

Pra sempre BGS

É inegável que os anos sem a BGS perderam um pouco a sua graça, e também é importante notar como o evento conseguiu se manter atualizado mesmo após o longo hiato. A equipe de produção trabalhou com louvor para entender a demanda do público e trazer novidades que acompanharam o cotidiano de quem ficou em casa por causa da pandemia.

O evento está diferente? Claro, mas isso justamente por causa das mudanças ocorridas no mundo todo. Em uma área que antes abrigava um enorme estande dedicado ao Fortnite, por exemplo, agora temos TikTok, uma marca que cresceu enormemente e baseou sua presença na BGS a trazer influenciadores admirados pelo público gamer.

Acompanhar essas nuances temporais é entender seu público e a BGS faz isso de maneira equilibrada, mantendo também suas tradições, como o concurso de cosplay e o grandioso palco para disputas de eSports. Fato é que ficar sem a Brasil Game Show no calendário não faz mais sentido, seja para reviver momentos de outras edições ou conhecer as novidades do mercado. Bem vinda de volta!

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