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Immortals of Aveum coloca nova roupagem no modo FPS

Immortals of Aveum é uma nova opção de aventura que se aproveita do gênero first-person shooter – mais conhecido simplesmente como FPS – e almeja dar um novo fôlego ao gênero, entregando uma obra que pretende ir além do simples “atirar e avançar”. A ideia do game é uma experiência repleta de exploração, batalhas com magias insanas e uma história bem elaborada a fim de entreter o jogador em uma mecânica de gameplay bem dinâmica e regada com uma pitada de elementos de RPG.

Desenvolvido pelo estúdio Ascendant Studios e publicado pela Electronic Arts, pelo selo EA Originals, que abrange jogos de produtoras independentes, Immortals of Aveum foi lançado utilizando a Unreal Engine 5 como motor gráfico e com a proposta de se destacar por sua originalidade no seu combate, mesmo utilizando um gênero já farto de opções no mercado. A novidade é a premissa de usar poderes mágicos no lugar das tradicionais armas de fogo.

Nesta breve análise, vamos discorrer sobre os aspectos positivos e negativos do game, além de concluir se, de acordo com o nosso ponto de vista, o objetivo de lançar um bom e divertido game da Electronic Arts em conjunto com a Ascendant Studios foi alcançados e desta forma garantir que o gamer saiba o que esperar ao se adentrar nas aventuras de Immortals of Aveum.

A história

Em um mundo que chama bastante atenção pelo seu visual um tanto peculiar, cuja geografia consiste em um grande arquipélago de ilhas flutuantes que se sustentam pelo poder mágico que constitui o universo de Immortals of Aveum, é contada a história de duas nações que se destacam por sua resiliência em uma guerra mágica que atravessa todo o tempo conhecido no mundo de Guerreterna: Lucium e Rasharn. Esta última – Rasharn – parece ter entendido melhor a história da peleja eterna e com o auxílio do seu líder Sandrakk, dá sinais de que em breve poderia se tornar capaz de colocar um ponto final no conflito eterno.

Eis então que, no momento decisivo em que o destino já parece estar traçado para o destino do mundo de Immortals of Aveum, é apresentado ao jogador um personagem que lida com tal situação, de certa forma, até com desdém. Esse personagem é Jak, um ladrão ordinário que possui algumas habilidades guardadas, mas que a princípio só pensa em apreciar a vida vivendo um dia após o outro, sem maiores compromissos. Entretanto, quis o destino que os caminhos da grande guerra e o de Jak se cruzassem durante um ato de violência bem na frente de seus olhos.

A partir daí, poderes ocultos se despertam no corpo de Jak que se revela como um poderoso mago capaz de controlar três poderosos tipos de magias, tornando um ladrão errante na esperança maior do povo de Aveum para trazer paz e justiça ao mundo de Immortals of Aveum.

Gameplay

Como já antecipado, Immortals of Aveum é um game que utiliza a visão em primeira pessoa para colocar o jogador na pele de Jak em busca de salvar o mundo de Guerreterna. Logo, é importante que o jogador saiba que não verá o seu herói na tela, mas em vez disso a premissa aqui é a de controlá-lo na visão do próprio jogador, como em jogos de tiro como Call of Duty ou Doom, mas desta vez em um jogo de ação e aventura, ao invés de um tiroteio desenfrado.

Jak utiliza de artefatos em uma mão e uma manopla na outra, sendo o domínio do uso de cada um desses recursos de suma importância para o êxito em batalha, visto que os artefatos são responsáveis pelos movimentos de defesa de Jak, assim como a manopla é o equipamento que permite o uso dos três tipos de magia despertadas pelo protagonista.

Dentre os movimentos de defesa proporcionados pelos artefatos de Jak, o jogador fará uso com maior frequência do escudo, pois é a maneira mais fácil de evitar dano durante o jogo. Entretanto, movimentos como imobilizar o inimigo e até mesmo controlar o adversário são exemplos da boa gama de habilidades que enriquecem bastante o combate defensivo de Immortals of Aveum.

A manopla, por sua vez, é o principal equipamento de destruição de Jak e é por meio dela que ele é capaz de obliterar hordas de inimigos utilizando suas magias de curto, médio e de longo alcance. Aqui o game destaca cada tipo de ataque utilizando cores diferentes para alertar o jogador, sendo o vermelho para magias com poder de curto alcance, o azul é mais indicado para derrotar inimigos com médio alcance e o verde acaba sendo mais eficiente no combate à inimigos que se apresentam mais distantes do herói.

Além dos artefatos e a manopla citados, Jak ainda conta com uma série de acessórios que podem ser equipados e trocados durante toda a aventura do herói de Aveum. Entretanto um deles se destaca como o mais interessante: o chicote. Trata-se de um recurso que pode ser usado tanto em combate como na exploração dos vastos cenários de Immortals of Aveum. Quantos aos outros acessórios, é possível manipular o tempo, mover objetos criando passagens exclusivas ou mesmo paralisar inimigos, contudo o que certamente ficará marcado mesmo é o chicote, que transforma Jak em um Indiana Jones do mundo da magia.

Fechando o pacote de combate de Jak, é possível que o herói acumule pontos de mana conforme se sagra vencedor em cada combate e recolha cristais como espólios de batalha. Desta forma, o protagonista é capaz de usar esses pontos para desferir magias especiais avassaladoras principalmente contra os poderosos chefões do game, tornando todo o sistema de combate mais diversificado e adicionando um “quê” de estratégia no combate do game.

Visual

O ponto mais controverso de Immortals of Aveum é o visual do game. Uma prova de que nem sempre o suprassumo da tecnologia consegue entregar um resultado esperado por um jogador que só quer se divertir em um mundo de aventuras e muita mágica.

Nesse ponto, é inegável que Immortals of Aveum é um divisor de águas na forma de um produto capaz de aproveitar toda a tecnologia que só a Unreal Engine 5 consegue prover para o mundo dos games. Logo, o jogador pode esperar recursos no nível de Ray Tracing, Lumem, Nanite, FSR e tudo o mais que, até agora, só a Unreal Engine 5 entrega e que, até então, só jogadores de PC estavam começando a se familiarizar. Entretanto, o resultado visual não parece ser de um game com toda essa tecnologia de ponta que realmente foi utilizada no título.

Os gráficos nem de longe aparentam demonstrar o melhor resultado para os gamers, tampouco todo esse aparato tecnológico parece se justificar quando realmente conta: jogar o game. A sensação que fica é a de um game com resolução bastante abaixo da média demonstrando algumas cores lavadas e sem vida, momentos em que os personagens parecem borrados, apesar de em contrapartida ter explosões e partículas bem estruturadas durante os combates intensos.

Vale a pena?

Immortals of Aveum busca trazer uma nova roupagem ao estilo FPS, adequando o shotter tradicional para uma aventura em um mundo mágico. É importante ressaltar que mesmo com a Ascendant Studios utilizando o que há de mais moderno na Unreal Engine 5, o game é lançado com o selo EA Originals, dedicado aos indies.

Immortals of Aveum

Para os jogadores que não renunciam à imersão que só uma aventura em primeira pessoa pode proporcionar, regada com um combate mágico dinâmico, divertido e em conjunto com novas tecnologias, Immortals of Aveum é uma opção alternativa para integrar sua biblioteca. Entretanto, é um título com potencial de ser esquecido rapidamente pela vasta maioria dos gamers, já que mesmo construindo um universo verossímil e com personagens que acrescentam certo charme, como Jak interpretado por Darren Barnet e Kirkan (Gina Torres), não entra no catálogo de franquias que criam uma marca suficientemente forte para trilhar um caminho para o futuro.

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