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#BOTAELASNOJOGO atenta para falta de visibilidade feminina nos games

Vencer uma Copa América é o primeiro passo para uma seleção sul-americana obter destaque no mapa do futebol mundial. E isso acabou de acontecer com a seleção brasileira de futebol feminino. Mas além deste reconhecimento, elas buscam também divulgar o #BOTAELASNOJOGO, um movimento que protesta contra a presença genérica das jogadoras em videogames do gênero esportivo.

As atletas Tamires, Bia Zaneratto, Maria Eduarda, Adriana e Ary Borges, entre outras que não estarão presentes com nomes e características físicas reais, participam da campanha – iniciada dia 29 de julho – usando nomes trocados nas redes sociais e também em camisetas da Seleção Feminina.

“Não é muito louco pensar que nenhuma das jogadoras brasileiras está representada nos jogos de videogame de futebol? Os nomes e rostos disponíveis nos jogos são inventados, nenhuma representa as jogadoras reais. Isso está diretamente ligada com a falta de visibilidade do futebol feminino. Com o movimento #BotaElasnoJogo queremos dar a importância que nossa modalidade merece”, explica a jogadora Tamires.

Bia Zaneratto reforça: “A invisibilização feminina é um problema estrutural que deixa mulheres sem nome e sem rosto nos games e no mundo. Entender que o que existe ali são rostos e nomes inventados, reforça a importância de levantarmos bandeiras para o futebol feminino ter a repercussão que merece. Estamos em campo e precisamos que essa representatividade esteja em todos os lugares, inclusive nos games”. Bia quer “aproveitar esse movimento para mostrar que o futebol feminino merece estar em todos os lugares”.

O principal alvo da campanha é o game FIFA, maior franquia de futebol nos videogames, desenvolvido pela EA Sports. O jogo até faz a sua parte, colocando a disposição a opção de jogar com seleções femininas, embora com nomes e avatares genéricos – artifício usado por apenas 4% dos jogadores, conforme revelou recente pesquisa. O FIFA 23, versão que será lançada este ano, trará pela primeira vez a inclusão da Premier League Feminina, versão do Campeonato Inglês para mulheres.

Apesar das brasileiras ainda não estarem presentes no game, já é um indício do fortalecimento de movimentos de inclusão como o #BOTAELASNOJOGO

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