Apesar de todos amarmos grandes franquias de jogos já estabelecidos, existe uma graça incomparável que apenas jogos indies nos proporciona. Por serem feitos por uma equipe minúscula – muitas vezes composta de apenas uma pessoa – e por não contarem com a pressão de grandes produtoras e dos fãs, a liberdade de criação muitas vezes acaba por gerar pérolas cheias de inovação.
Uma dessas pérolas é OneShot. Não é por acaso que a nota deste jogo no Metacritic é de 81%, sendo constantemente comparado com Undertale, que já se tornou um clássico indie.
OneShot foi lançado na Steam em 2016, baseado numa versão gratuita feita em 2014. Em março de 2017, foi atualizado para incluir o final Solstice, que responde dúvidas que fãs ainda possuiam sobre a história.
A aventura começa com Niko, uma criança que acorda numa casa desconhecida e escura, e acaba por encontrar uma lâmpada que acende imediatamente quando Niko a toca.
Explorando o estranho mundo em que se encontra, Niko descobre que uma profecia que diz que ela será a salvadora daquela terra, e a lâmpada que carrega é o sol. Seu objetivo é ajudar Niko a atravessar os diversos mapas do jogo até uma torre, onde o sol deve ser colocado para devolver a luz e a vida àquele universo. Para isso, o jogador a auxiliará em desafios que necessitam de exploração, lógica e atenção às pistas dadas. Se você for rápido e engajado o suficiente, o game pode ser finalizado em apenas algumas horas.
O grande pulo do gato deste jogo são as quebras da quarta parede. Ousaria dizer que a quarta parede sequer existe, uma vez que o game não apenas te reconhece como fala diretamente com você diversas vezes. Vários puzzles envolvem ações fora da janela do jogo, dando uma sensação de imersão única.
A história é envolvente, a trilha sonora é bem feita, e o game está disponível com legendas 100% em português.
A recepção extremamente positiva de OneShot demonstra ainda há espaço para surpresas e inovações no mercado de games.