Não é raro deixar Heroes of Hammerwatch passar batido ao ver uma gameplay. Seus gráficos não causam aquela primeira impressão, porém por trás de toda a simplicidade, esconde-se um jogo que mistura RPG e o estilo rogue-like com uma curva de aprendizado mais do que necessária para completar sua aventura.
Sim, as mortes são constantes e a cada gameplay será o seu conhecimento que será posto à prova. Pudemos testar a Ultimate Edition, que vem completa com as 3 DLCs já lançadas – Witch Hunter, Pyramid of Prophecy e Moon Temple – além de novas habilidades, itens e classes.
A história
Heroes of Hammerwatch se passa no mesmo mundo do jogo que originou a franquia, Hammerwatch. Aqui, o mundo de Outlook foi destruído e cabe ao herói recuperá-lo, por meio de construções que servem para marcar seu progresso no jogo.
Para progredir, o jogador precisa explorar perigosas dungeons. O problema aqui é que a morte é permanente, ou seja, uma vez derrotado é preciso criar um novo personagem para seguir a jornada e tentar ir mais adiante. Essa rotina se atenua utilizando práticas de gameplay que precisamente foram inseridas para que o jogo não se torne monótono. Por exemplo, a experiência adquirida em uma campanha é acumulada, fazendo sobrepesar a decisão de fazer um upgrade em certo momento ou tentar mais uma run para acumular mais experiência.
Na sua classe
O jogo começa difícil e com uma curva de aprendizado que vai tornando a exploração compensadora. É importante conhecer cada uma das 9 classes disponíveis – algumas abertas ao longo da jornada, – para entender como ir mais longe nas dungeons.
O mundo é sempre o mesmo, porém os calabouços são criados de forma procedural, tornando a exploração sempre mais do que necessária. Neste estilo de jogo vale sempre a pena vasculhar atrás de tesouros em áreas que estiver mais confortável com os inimigos para gerar benefícios que farão diferença mais à frente ou mesmo em uma próxima jogada.
A variedade de classes e itens contribui demais para tornar cada jornada interessante. Outro fator que pesou a favor pra mim foi o fato das dungeons não serem enormes, ou seja, dá para jogar um pouco, voltar depois e retomar. Não ter uma trama profunda também ajuda nessa questão.
Bate o martelo
Heroes of Hammerwatch é um bom jogo, daqueles que você acaba gastando horas e horas e nem percebe. Os gráficos simples escondem a profundidade do jogo, que acaba sendo conhecer as classes e explorar os labirintos em jogadas que nunca são iguais, graças à geração procedural de mapas.
O jogo é muito mais interessante se jogado em coop com até mais 3 amigos. As possibilidades mudam completamente, trazendo momentos de puro frenesi, principalmente se os amigos focarem na magia. O legal é que o personagem do singleplayer pode ser transportado direto para o multiplayer. O ponto negativo é que uma vez morto, é necessário esperar a party inteira ser derrotada para iniciar uma nova run.
Certamente Heroes of Hammerwatch é um jogo que traz o melhor do roguelike, fazendo cada escolha, seja de evolução ou mesmo exploração no mapa, ter suas consequências. Os desafios rápidos e a possibilidade de retornar à esse mundo a qualquer momento também são bons fatores que aumentam o replay, seja você um explorador incansável ou um aprendiz em busca de novas aventuras!