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Anthem – missões cooperativas, história single-player, diversão e bugs.

O objetivo da BioWare com o Anthem era criar um jogo social em um universo ficcional totalmente novo, que ainda mantivesse a marca registrada do estúdio em relação a storytelling e características dos personagens.

Com uma estrutura intencionalmente única de missões cooperativas multiplayer e uma experiência de história single-player, Anthem é uma abordagem completamente nova para os jogos do mundo compartilhado.

Os diálogos são ramificados, o game possui uma história interessante, com um mundo fascinante, vivo e que respira tanto dentro como fora do centro de Fort Tarsis, sendo uma ótima experiência.

O jogo que a BioWare criou é projetado para ser uma história contínua que o jogador pode aproveitar com amigos – preferencialmente.

Anthem

Desde de seu lançamento Anthem tem tido problemas com o público geral. Os jogadores criaram expectativas altas baseadas nas apresentações da E3, o que pode explicar certa frustração assim que foi distribuído ao público. Porém com o passar dos dias e aplicações de patches e updates no jogo, as avaliações tanto dos gamers quanto dos críticos estão melhorando gradativamente.

Para essa análise o game foi jogado no Xbox One, foram 51 horas jogadas (até agora), completando a campanha principal e todas as side quests no Grandmaster, e nivelando ao máximo os personagens. Todas as opiniões e insights aqui estão sujeitos a essa versão.

Anthem

Modos de jogo

O Anthem é dividido em três modos de jogo. Primeiramente temos as Missões, como outros jogos está é a maneira mais fácil de seguir a história do game. Sendo levado pela campanha de acordo com cada etapa cumprida.

Depois temos as Fortalezas, onde é preciso ter um time com quatro jogadores para iniciar, sendo eles amigos ou estranhos no modo aleatório. Elas tem uma complexidade maior e também entregam melhores recompensas mas é essencial ter boa comunicação entre os jogadores para poder completá-las nos níveis Grandmaster.

Enquanto o jogador explora o mundo no Modo Livre, ele pode coletar espólios ao derrotar inimigos e completar objetivos, há eventos públicos onde as recompensas vão ajudar a subir de nível e de poder. Coletar plantas e minerais é essencial para poder evoluir as armas e criar outras no crafting.  

A campanha é relatiamente curta, sendo possível completá-la toda e também as side quests em menos de 50 horas de jogo. O que faz dos modos de jogo interessante e desafiador, podendo ser considerado um diferencial, é a possibilidade de aumentar o nível de dificuldade em todos eles. Então se o jogador explora o mapa no modo livre no hard suas recompensas serão menores do que os que exploram nos modos Grandmaster. 

É recomendável – assim que chegar no nível 30 (ou antes, se desejar) – só jogar no Grandmaster em todos os modos, a dificuldade faz com que o game seja mais atraente e que os jogadores se esforcem mais para completar missões, que se jogadas no normal/hard. 

Anthem - por Mariana F.

Personagens/Javelin

O jogo disponibiliza para o jogador quatro opções de personagens, cada um com uma mecânica de jogo diferente. Veja abaixo uma explicação mais detalhada sobre cada um deles e qual a principal mudança na jogabilidade entre eles.

  • Ranger/ Patrulheiro
  • Colossus/ Colosso
  • Interceptor/ Interceptador
  • Storm/ Tempestade
Anthem – Ranger/ Patrulheiro

O Ranger é um soldado, versátil, tende a ser melhor ofensivamente com alvos únicos e usa para se defender o impulso. Esse Javelin é o mais equilibrado entre os quatro, podemos coloca-lo como mediano, boa velocidade, bom ataque corpo a corpo e bom super. Um bom soldado.

Anthem – Colossus/ Colosso

Como o nome já indica, o Colossus é um tanque. Resistência é o seu ponto forte, ótimo para ataques múltiplos, esse Javelin é o único que consegue manejar armas pesadas, lança chamas, morteiros, entre outros. Com o gear correto pode se tornar quase imortal. Imprescindível ter um Colossus no time para completar as missões no GM (Grandmaster) 1, 2 e 3.

Anthem – Interceptor/ Interceptador

Se agilidade e precisão é o que importa, o Interceptor é o Javelin certo, por ter como sua principal qualidade a velocidade. Com ataques rápidos, onde o jogador vai causar dano e se afastar do inimigo antes que eles reajam, e o pulo e impulso triplo, ele também é ótimo para longas missões e salvar outros Javelin. Para compensar por sua baixa resistência é necessário adicionar consumíveis para aumentar a armadura, melee e resistências (fogo, gelo, veneno, eletricidade).  

Anthem – Storm/ Tempestade

Storm é o Javelin mais moderno, com o poder de controlar os elementos, esse Javelin é perfeito para os que querem ataques fortes, queimar, congelar ou “fritar” vários inimigos ao mesmo tempo, e poder ficar distante do corpo a corpo. Com o poder de pairar é possível ficar olhando a luta de cima e atacando os alvos ao mesmo tempo. Se mesmo com a distancia algum inimigo atacar, ele pode sumir/teletransportar rapidamente. 

Jogabilidade

Voar é o mais impressionante no game. Anthem traz mecânicas inovadoras que deixam o jogador a vontade ao explorar o mapa. Como foi explicado acima, cada Javelin tem um estilo de luta e locomoção fazendo com que a mesma missão com personagens diferentes precise de estratégias e abordagens diferentes. Por exemplo, não é aconselhável pular no meio de muitos inimigos e atacá-los ao mesmo tempo se estiver usando um Interceptor, porém o Colossus não só vai resistir aos ataques como derrubar todos com seu escudo e armas pesadas.

Leva um tempo para aprender e entender quais golpes são melhores para cada personagem, e como aproveitar o máximo das modificações, consumíveis e supers. Mas assim que o jogador pega o ritmo, o game flui mais facilmente e começa e subir de nível rapidamente. 

Fort Tarsis é o centro do game, é lá que acontece todas as comunicações com os NPCs, entrega de missões, compra de recursos, crafting, com diálogos ramificados o jogador tem a oportunidade de mudar o rumo de alguns dos personagens. Veja abaixo o mapa de Fort Tarsis:

Anthem – Gameplay Análise – Fort Tarsis

Ambiente/Mapa

O mundo criado para Anthem é lindo e alienígena, podemos dizer que é possível comparar com Avatar. Ele é vivo, todos os animais são responsivos, sejam eles agressivos que te atacam ao chegar perto, como os “morcegos gigantes” que cospem fogo ou pacíficos como os “coelhos” que chegam perto para ver o que é e rapidamente perdem o interesse. É possível atacar qualquer um deles e cada um terá um reação diferente.

As plantas do planeta também são ‘vivas’, não são todas, mas algumas tem reações diversas ao se aproximar, atirar e coletar seus ingredientes. Veja abaixo uma gravação da gameplay na qual é possível ver a reação de uma das plantas do jogo, a planta ‘carnivora’, ela lembra a Dionaea Dionaea Muscipula:

Anthem – Gameplay Análise – Plantas

O game também criou um mundo novo dentro dos rios e lagos, não é só água, no vídeo abaixo é possível ver como são a flora e fauna de um dos lagos. Esses locais são uma  ótima oportunidade para os desenvolvedores criarem mais missões e conteúdos dentro da água.

Hoje são usadas para esfriar os propulsores de voo e como caminho em algumas missões e partes do mapa. Veja abaixo:

Anthem – Gameplay Análise – Água

O mapa em si é pequeno, porém podemos especular que com a adição de novos conteúdos venham também expansões – assim como aconteceu com Destiny, um jogo que está sendo comparado com o Anthem pelos críticos e jogadores. 

Longevidade

O Anthem foi feito para durar. Com uma base multiplayer, o jogador sempre será capaz de achar outros players, sejam eles amigos ou estranhos. O game é para ser jogado em grupo e ele é mais divertido assim, não há como negar! A própria IA do game faz matchmaking automático para todas as missões. Se o jogador já tem um time completo ou quiser jogar só com amigos ele dá a opção de colocar no privado. 

O conteúdo do jogo foi dividido em atos, sendo março o começo do primeiro dos três anunciados até agora. A liberação de conteúdo constantemente faz com que o jogo tenha um grande potencial de replayability (o jogador voltar a jogar o jogo várias vezes por muito tempo), assim aumentando sua longevidade. 

Anthem
Anthem

BUGS/ Problemas

Depois de jogar mais de 50 horas, percebemos e ouvimos varias queixas sobre o game, a mais irritante e predominante são as telas de carregamento, seja em uma missão ou mesmo carregando em uma seção diferente de uma missão. Elas são longas, e podem destruir completamente o fluxo do game.

Outro problema é a maneira como o jogo mantém todos na mesma área. Há sempre um jogador, em todos os esquadrões, que não está interessado ou já pegou os itens colecionáveis, e só quer acabar com a missão o mais rápido possível. Mais uma vez é a questão do grupo, e ocorre com mais frequência no aleatório, por não haver comunicação. Em uma tentativa de manter o esquadrão unido, o game obriga o time a acompanhar o membro mais rápido da equipe, forçando até mesmo uma tela de carregamento para arrastá-lo para a próxima seção. Isso leva a outra longa espera, amplificando a frustração.

A seção Fort Tarsis do jogo parece lenta e incômoda, mesmo correndo o personagem não corre, é um ritmo preguiçoso que contrasta duramente com a total liberdade que você tem no traje e fora das paredes. 

Anthem - Loading por Mariana F.
Anthem – Loading/carregamento

Em algumas missões onde a quantidade de inimigos é gigantesca, alguns deles tendem a desaparecer, ficam invisíveis, assim não é possível completar a missão, o que fizemos para reverter esse bug é um dos jogadores do time sair da “área da missão” e ao ser puxado pelo jogo o inimigo reapareceu.

Outro bug é com a missão Research and Rescue (Agent Mission), que ao matar o boss rapidamente o missão não conclui, mesmo saindo da “área da missão” e até do próprio jogo. 

Em relação aos gráficos, se compararmos com a E3 não estão nem perto, porem o game é bem bonito. No vídeo abaixo é possível ver a transição das plantas de acordo com a movimentação do personagem, tenha em mente que o game foi jogado no Xbox One Fat, porém isso pode ou não diferenciar de outras experiencias. 

Foi reportado também problemas com o PS4, foram mais de 1000 relatos de hardwares da Sony simplesmente desligando enquanto Anthem está sendo rodado, nas telas de loading ou durante gameplay. O Chad Robertson, chefe de live service da BioWare publicou uma mensagem no twitter sobre o problema, que a empresa identificou as diversas causas por trás dos problemas.


Anthem – Gameplay Análise

E ai, vale a pena?

Apesar dos problemas Anthem é muito divertido, em grupo. A história é detalhada, os personagens críveis e com os novos conteúdos, prometem manter o jogo vivo por um bom tempo. A Bioware revelou um roteiro de conteúdo para o jogo, incluindo Cataclysms e novas missões, e com alguns ajustes nos tempos de carregamento, isso tornaria o jogo extremamente atraente para futuros jogadores. 

Tenha em mente que o jogo é para ser jogado com outras pessoas, sejam elas amigas ou estranhas, então não é um jogo que vai atrair jogadores que preferem jogar campanhas single play, já que muitas das missões é obrigado ter mais jogadores. Se jogos no estilo de Destiny são atraentes para você, vale a pena testar o game. 

A Bioware está para lançar vários patches para resolves bugs e problemas, principalmente com o PS4, então recomendo esperar e ver os fóruns de discussão do Anthem, para saber se para você vale ou não a pena comprar o game. 

Para mais informações sobre o game visite o site oficial, para relatar problemas e tirar duvidas entre em contato com a EA Help.

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