Nesta quinta-feira (11), as desenvolvedoras Victua e Highwire Games anunciaram o ressurgimento de Six Days in Fallujah após 11 anos do seu cancelamento original. Jogo de tiro em primeira pessoa, a história é baseada nos relatos verídicos na Guerra do Iraque em 2004, e chegará aos consoles e PC em 2021.
Six Days in Fallujah iria ser distribuída pela Konami em 2009, mas acabou sendo abandonado pela editora após diversas críticas sobre o game não ter a capacidade de cobrir os eventos desafiadores do mundo real. Agora a responsabilidade será da desenvolvedora Victura, comandada pelo ex-CEO da Atomic Games, Peter Tamte.
“Às vezes, a única maneira de entender o que é verdade é experimentar a realidade por si mesmo“, diz o ex-sargento da Marinha Eddie Garcia, que foi ferido durante a Batalha de Fallujah e propôs a ideia original para Six Days in Fallujah, em 2005. “A guerra está cheia de incerteza e escolhas difíceis que não podem ser compreendidas ao assistir alguém na TV ou no cinema fazerem essas escolhas por você. Os videogames podem ajudar a todos nós a entender os eventos do mundo real de uma forma que outras mídias não podem.”
Como o nome do jogo indica, a história será retratado nos 6 dias de conflito na Segunda Batalha de Fallujah, depois que a Al Qaeda assumiu o controle de uma das principais cidades do Iraque, sendo um dos conflitos mais difíceis para as forças ocidentais.
Mais de 100 fuzileiros navais, civis e soldados iraquianos compartilharam fotografias, gravações e suas historias pessoais para os desenvolvedores durante a Segunda Batalha de Fallujah. A Victura e Highwire passaram quase três anos construindo as mecânicas do jogo que aproximasse os jogadores ao combate.
“O massacre causado por forças americanas e britânicas em Fallujah em 2004 está entre os piores crimes de guerra feitos em uma guerra ilegal e imoral”, declarou Tansy E. Hoskins, do movimento Stop the War Coalition ao site Tech Radar em 2009. “É estimado que até 1 mil civis morreram no bombardeio e invasões casa a casa por tropas invasoras. Tantas pessoas morreram em Fallujah que o estádio de futebol da cidade teve que ser transformado em um cemitério para lidar com todos os corpos.”
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