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Batora: Lost Haven é aventura com dualidade e escolhas

À primeira vista, Batora: Lost Haven parece um jogo comum, embarcado na onda de sucessos recentes e estilos de jogos aclamados, como rogue-like e twin-stick shooter, somados à visão isométrica, que voltou a ser popular com Hades, por exemplo. Mas a profundidade do game se mostra no decorrer do mesmo, que com ideias criativas consegue unir um pouco de tudo isso para narrar a saga de Avril, em um cenário apocalíptico em que salvar a Terra da extinção passa a ser seu objetivo.

Batora: Lost Haven

Avril é a escolhida para a missão, graças as divindades Sol e Lua, que a permitem traçar um ambiente de dualidade durante todo o jogo. O Sol é responsável pelo estado físico e a Lua pelo mental. O jogador poderá alternar entre eles com um botão e cada um possui uma gama de ataques e movimentos relacionados especificamente àquela condição escolhida. O estado físico é baseado em ataques corpo a corpo, com uma longa espada, enquanto o mental apela para os tiros e ataques à distância.

O legal é que os próprios inimigos também partilham dessas possibilidades, sendo mais – ou até totalmente – imunes a uma ou outra estância. Há também inimigos híbridos, que podem sofrer danos qualquer que for a opção de combate do jogador. Mas Batora: Lost Haven brilha também em seu sistema de escolhas.

Sem certo ou errado

O principal aspecto de Batora: Lost Haven são as decisões da protagonista em inúmeros momentos do jogo, que funcionam como um direcionamento do rumo que tanto a personagem quanto o universo do jogo irá seguir daquele momento em diante. O próprio game já deixa claro que não há certo ou errado, então cabe ao jogador realmente decidir como vai optar por encarar cada encruzilhada em que tiver que tomar uma decisão.

Batora: Lost Haven

Embora pareça complicado, Batora: Lost Haven faz questão de ensinar passo a passo cada uma dessas mecânicas, que na verdade são bastante adequadas mesmo para jogadores iniciantes. Por exemplo, atuar como um Conquistador coloca o jogador mais na ativa de suas opções, apostando em seu instinto. Já caso busque uma decisão de Defensor, a postura será mais reflexiva.

Embora esse seja o grande destaque que une a jogabilidade e as boas escolhas de gameplay de Batora, é preciso ser paciente como jogador para deixar as coisas engrenarem. São muitos diálogos que poderiam ser resumidos, já que os NPCs não são notórios em sua maioria, e isso acaba por quebrar um pouco o ritmo do jogo.

Outra decisão que afetou um pouco o desenrolar do jogo é a visão isométrica. Se enquanto temos cutscenes os gráficos são ótimos e divertidos, ao deixar a câmera afastada, perde-se muito disso, tornando as lutas todas muito parecidas. Pelo estilo do jogo, ficaria mais feliz com uma câmera mais próxima da personagem. Nem aproximando ao máximo o zoom o jogo muda esta perspectiva.

Vale a pena?

Batora: Lost Haven é um bom jogo, com a parte audiovisual acima da média e ótimas ideias, principalmente na dualidade Sol e Lua e as posturas de ataque, que exigirão do jogador compreender um pouco melhor seus inimigos e o momento de utilizar um tipo de ataque ou outro. Deixa um pouco a desejar no ritmo do jogo, que é quebrado por muitos diálogos e carregamentos ao mudar de cenário.

Dois pontos a favor do jogo são a localização em português brasileiro, que tornam toda a jornada mais compreensível, e o sistema de escolhas inteligente, que favorecem um fator replay, já que as 8 horas aproximadas da campanha principal aguçam a curiosidade de reviver esta aventura! Para isso, contar com o New Game + ajuda, pois já começar uma nova campanha com os atributos conquistados facilita o processo!

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