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Crash Bandicoot 4 traz originalidade alinhada com raízes da franquia

Chancelado o sucesso do marsupial mais querido dos anos noventa com Crash Bandicoot N’Sane Trilogy, era mais que óbvio que a Activision não tardaria trazer alguma nova aventura do famoso bandicoot, que já foi até mascote de videogames. Eis, então, que pelas mãos da provada e aprovada Toys for Bob nos seus recentes trabalhos em jogos saudosistas, surge Crash Bandicoot 4: It’s About Time, em uma aventura totalmente nova, mas que continua a história diretamente de onde parou Crash Bandicoot: Warped, último jogo original da franquia.

De boa na Lagoa

Carregado com o mesmo DNA da série original, Crash Bandicoot 4: It’s About Time é um jogo que certamente não terá nenhuma dificuldade em agradar toda uma legião de fãs que consagrou a série. Um dos jogos mais importantes de sua época está de volta, com toques de modernidade que fazem com que o título seja indispensável para qualquer fã de um bom e divertido jogo de plataforma.

De onde paramos

Com o mesmo visual bonito, alegre e de cores vibrantes, Crash Bandicoot 4: It’s About Time aproveita tudo o que a recente trilogia têm a oferecer para imergir por completo o jogador no multiverso que se torna alvo do infame Dr. Cortex e toda a sua trupe maligna. A partir daí, restabelecer a ordem dos vários universos paralelos cabe ao corajoso marsupial Crash e sua irmã Coco, além de alguns amigos que podem dar uma mãozinha durante a aventura.

Esquecer uma caixa. Acontece.

A campanha dura em torno de 10 horas, mas completacionistas gastarão bastante tempo em busca de caixinhas perdidas, fitas secretas e skins para os personagens. A aventura acontece em vários cenários muito bem construídos e com distinções bem evidentes, como as ilhas paradisíacas clássicas da série e montanhas geladas em neve ou mesmo o contraste de vencer desafios em cidades totalmente tecnológicas e futuristas. Além dos temas, as eras em que cada mundo está localizado é um detalhe magnífico. Claro que sempre contando com o bom humor característico da série e que torna tudo ainda mais divertido.

Mapa Dimensional mistura épocas e estilos

Os gráficos do jogo funcionam, cheio de cores e variações importantes conforme as localidades. É importante citar que todos os detalhes do cenário, animação de personagens e até mesmo o level design das fases são uma extensão que funciona muito bem se relacionados com os jogos anteriores, levando com muita competência o jogador a experimentar essa nova aventura com elementos modernos mas sem tirar o sentido do mundo criado na série original.

Resumindo, Crash continua sendo Crash, e não poderia ser diferente disto, embora existam melhorias possíveis, principalmente relacionado à câmera que pode esconder objetos do cenário ou tornar a sorte indispensável em momentos em que é necessário voltar na fase, mesmo que um pouco.

Crash pra todos os lados

Com uma jogabilidade mais refinada e com mais recursos agregados que tornam este uma evolução considerável em relação à série original, Crash Bandicoot 4: It’s About Time se destaca dos seus antecessores na variação de jogabilidade por meio da alternância de universos paralelos. A mudança advém do uso de máscaras que são liberadas ao longo do jogo.

Deserto de Lixo, 2084

Cada uma delas tem um poder especial único e que torna o desafio ainda mais diversificado, como por exemplo a máscara que troca as dimensões em tempo real apertando um simples botão. Esta função faz com que diferentes objetos apareçam ou desapareçam da tela, e desta forma testa a habilidade do jogador. É indispensável para conseguir todos os itens da fase mas adiciona dificuldade extra em momentos estilo plataforma, exigindo sincronia entre os movimentos e a manipulação do tempo. Algumas outras máscaras também podem permitir que Crash, Coco ou seus ajudantes girem no ar, permitindo um maior alcance nos pulos, outras, podem até mesmo parar o tempo!

Não bastasse a variação de jogabilidade proporcionada pelos incríveis poderes de cada máscara, que deve ser dominado totalmente pelo jogador que queira obter êxito no não tão fácil desafio de Crash Bandicoot 4: It’s About Time, o jogo ainda expande o tempo de diversão no jogo por meio de um modo invertido que pode ser acessado ao progredir até uma certa parte do game. Desta forma é possível repetir todos os níveis já vencidos no jogo, mas com as cores e todo o layout invertido, ou seja, é quase que um desafio totalmente novo que vai levar o jogador ao seu limite para vencer novamente.

Com as fitas de vídeo, novos desafios

E pra quem gosta de desafios, Crash 4 é um prato cheio. Além dessas variações, coletando fitas antigas espalhadas pelas fases – algumas ainda com condições especiais para serem liberadas, como não morrer até encontrá-la – é possível desbloquear um modo extra, que simula uma câmara de testes. Aqui o jogador porá toda sua habilidade em prova para conseguir destruir todas as caixas e chegar ao final.

Convidados Especiais

Ainda relacionado com a variação de jogabilidade, mas restrito ao que foi chamado de outra linha do tempo, temos também a possibilidade de jogar com mais três personagens com características de gameplay distintas.

Mais uma vez, por pouco!

O primeiro deles é Tawna, uma prima de Crash e Coco, que pode fazer uso de ganchos que permitem se pendurar e alcançar plataformas remotas e à distância. Depois temos Dingodile, que usa uma arma no melhor estilo Kirby para sugar seus inimigos e atirá-los contra outros vilões. Por último temos também o controle da própria encarnação do mal, o vilão Dr. Neo Cortex, que transforma os seus inimigos em plataformas para avançar nas fases.

Skins estão em bastante número no jogo

Morra até cansar

Crash Bandicoot 4: It’s About Time apresenta no seu modo campanha básico um toque de modernidade que busca uma abrangência maior por parte dos atuais jogadores que se propõe a desafiar o terrível Dr. Cortex e sua turma. Tal mudança consiste no fato de que o jogador não vai mais precisar colecionar vidas à fim de evitar a fatídica tela de game over, o que não significa que o jogo tenha fica fácil. Contudo, é importante citar que, mesmo não sendo o recomendado, é possível selecionar o modo “retro” para jogar como nos velhos tempos e tentar a sorte com apenas três vidas para vencer cada fase.

Crash Bandicoot 4
Cenários bonitos e coloridos

O outro modo, denominado “passa o controle”, é uma maneira única de se divertir com mais amigos e funciona como nos velhos tempos, onde quem morre passa o controle para o próximo, mas com toda a ajuda da tecnologia para orientar e organizar a vez de cada um. Um grande ponto positivo para a Toys for Bob!

Então, é Crash!

Embora Crash Bandicoot 4: It’s About Time seja a continuação de uma série concebida há quase trinta anos, é notório que o jogo acompanhou e fez uso de recursos modernos, não só em sua execução técnica, mas em vários quesitos de sua jogabilidade para entregar um produto condizente com o modelo atual de jogos. Contudo é importante fundamentar que sua desenvolvedora conseguiu, com certa maestria, equilibrar as inovações com as raízes da série ao entregar um produto que ainda é Crash Bandicoot, mas com a sensação de um jogo realmente novo. Então espere, além de inovação, encontrar as mesmas dificuldades que os jogos originais apresentavam, como um level design que por vezes esconde itens e a câmera que a noção de movimentação.

Crash Bandicoot 4
Além de tudo, há os chefões

A nova mecânica de vidas infinitas é um prato cheio para atrair os jogadores já absorvidos pelas mordomias da jogatina moderna, embora não seja um fator que facilite em demasia o proveito do game. Quem buscar encontrar todos os segredos e completar todos os extras de Crash Bandicoot 4: It’s About Time vai ter bastante trabalho. A repetição de cenários e alta dificuldade de encontrar os infindáveis colecionáveis, distinguem os bons dos esforçados no novo Crash Bandicoot.

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