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Daymare: 1998 – uma confusa, porém bem ambientada homenagem!

Daymare: 1998 é um jogo de terror desenvolvido pela Invader Studios, publicado pela Destructive Creations e All in! A Games. Informamos aqui a chegada do jogo aos consoles no dia de hoje. Agradecendo à oportunidade de fazer a análise do jogo na versão do PlayStation 4, confira a primeira hora de gameplay, seguido da nossa avaliação.

Influenciado na totalidade pelos clássicos jogos de survival horror dos anos 1990, como Resident Evil e Silent Hill, Daymare: 1998 consegue ser saudosista e moderno. Trazendo a perspectiva em terceira pessoa com câmera sob o ombro dos protagonistas, o título indie apresenta uma velha narrativa de sabotagem, contaminação e zumbis. Tudo isso através da perspectiva de diferentes personagens que ditam o ritmo na narrativa, com encontros e desencontros que rodeiam o acontecimento em Keen Sight.

Você já viu muito esse aviso antes de jogar!

O primeiro é o mercenário Liev, que tem todas as características que o transformariam no vilão em qualquer outro universo. Com frases pouco elaboradas e diversos palavrões em seu linguajar o personagem é daqueles que a gente torce para que seja arrancado da trama o mais breve possível. Samuel, o segundo personagem, é aquele protagonista que não faz ideia do que está acontecendo ao seu redor, apenas impulsionado pela sua sede de vingança – nada novo sob o horizonte. E por fim, mas não menos importante, Raven – companheiro da equipe H.A.D.E.S. de Liev –

Aqui já fica o primeiro ponto negativo de Daymare: 1998, o recurso de dublagem e expressões faciais dos personagens fazem com que não seja construído nenhum tipo de ligação entre jogador e personagem, empobrecendo significativamente a experiência imersiva do jogo. Apenas deixa o jogador incrédulo frente ao que se é apresentado nas animações.

Porém, o universo construído no título é muito bem feito. A alternância entre ambientes como laboratórios, cidade e florestas, colaboram com a narrativa e dão reforço ao ar nostálgico. Parece que estamos vendo flashes de Resident Evil sem estar jogando necessariamente o título da Capcom.

A exploração dos cenários é pouco convidativa, a estrutura “vá sempre em frente” se faz presente. Os puzzles, um dos grandes elementos presentes nos títulos do gênero que Daymare: 1998 faz referência, dão a sensação de terem sido feitos com nenhum tipo de capricho, ou reproduzido de algum guia de referência de survival horror. Aciona alavancas, colete fusíveis, aperte e gire diferentes botões ditam o ritmo enquanto impulsionam ao jogador capítulo por capítulo.

Puzzles: faltou capricho na hora de construí-los!

Claro, não podemos deixar de citar o sistema de combate. Os momentos em que o jogo desafia o jogador a fazer uso das armas e de seu inventário, é onde as coisas ficam mais tensas do que a própria noção de sobrevivência. Os personagens não são os seres mais móveis do Keen Sight e os inimigos respondem de diferentes formas aos mesmos tiros, ou seja, mirar na cabeça não será suficiente, assim como atirar nas pernas não fará o inimigo reduzir a velocidade de sua investida. É um convite a fugir? Ou um problema a ser encarado? É um problema, mas que ainda consegue ser superado pelo pouco intuitivo e confuso inventário.

Acessar os itens que estão são sendo carregados é como se o personagem olhasse para um pequeno tablet sem muitas opções de cores. Sim, estamos em 1998, e a tecnologia da época é confusa e requer um tanto de atenção considerável, já que não foi construído de maneira intuitiva. Combinado com sistema de gerenciamento de munição que acrescenta o fator “Pente”, não basta coletar, é necessário fazer a combinação entre o pente de seu revólver/submetralhadora com as munições que estão estocadas. E na hora do combate? A recarga lenta faz com que o personagem troque o pente vazio pelo cheio e o guarde no inventário. A recarga rápida, simplesmente joga o pente vazio no chão e coloque o cheio. Ao final do combate, recolhe os pentes e combine com as munições que sobraram. É tudo muito confuso e lento!

Inventário: um caos organizacional!

Daymare: 1998 é uma experiência peculiar do survival horror, que busca ser moderno com aquele ar vintage, por se passar nos anos 1990. Porém, não apresenta inovações no gênero – seja em puzzles e trama – e onde buscou ousar, entregou uma experiência nenhum pouco agradável ao jogador (inventário e gerenciamento de munições).  Acaba sendo um título para o mais entusiastas do gênero e que buscam suprir às suas demandas.

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