Endling: Extinction is Forever é um jogo de sobrevivência propriamente dito, uma vez que mais do que pensar em captar recursos e construir abrigos, o mote principal do jogo é fazer com que sua prole resista aos tempos difíceis e mantenha-se unida, o que não acontece necessariamente no decorrer do jogo, gerando assim um fator replay agradável para quem curte salvar espécies ameaçadas.
O jogo é desenvolvido pela Herobeat Studio e publicado pela HandyGames, que é um braço da THQ Nordic, mais conhecida no mundo dos games. A protagonista principal é uma raposa que espera uma ninhada. Ao se abrigar e receber seus filhotes, que são customizáveis – uma adição bem legal, embora cosmética – começa a aventura.
Dia e noite
Certa noite, um dos filhotes é raptado do ninho, e a partir daí a raposa mãe precisa usar seus sentidos e habilidades para seguir os rastros dos captores. As vezes, principalmente no início do game, o confronto com seres humanos é, na falta de palavra melhor, desumano. Mas conforme o jogador se adapta a vida de raposa, consegue evitar armadilhas e fugir de captores.
Importante também que a raposa só saí da toca durante a noite, e precisa voltar sempre para seu lar. Não pode deixar de alimentar também os demais filhotes, que com o passar do tempo ganham habilidades e se tornam mais úteis na jornada, do que somente um fardo a ser alimentado.
Vai e volta
A cada nova noite, e conforme se avança pelo mapa, novas áreas a serem exploradas são liberadas. O ponto alto do jogo é a curva de aprendizado em “ser uma raposa” e também a evolução dos filhotes. Infelizmente esse mecanismo de ter que retornar para seu ninho e refazer os caminhos para prosseguir com a exploração de certas áreas acabam por se tornar entediantes. Algumas noites o jogador acaba gastando tempo se adicionar nenhum conhecimento novo.
A raposa mãe acaba recebendo visões do que de fato ocorreu com seus filhotes em memórias rastreáveis, levando diretamente ao ponto de sensibilidade que acredito tenha sido a intenção dos criadores do jogo. Se o alvo era mostrar que as vezes precisamos nos preocupar com as demais espécies que habitam nosso planeta, acertaram em cheio com Endling!