Quem cresceu em meados dos anos 1980 e 1990 lembra de um famoso livro chamado “Onde Está Wally?” – “Where’s Waldo?”, no original. Hidden Through Time segue exatamente a mesma linha. A diversão consistia em encontrar o personagem chamado Wally em meio a diversos cenários. Quem quisesse expandir a diversão, também poderia buscar por itens como a bengala, o chapéu e os óculos. Só não valia assinalar aonde estavam os itens para não estragar a brincadeira dos demais, porém sempre tinha alguém que fazia isso!
Hidden Through Time é exatamente uma adaptação deste tipo de brincadeira para os videogames, com suas particularidades, é claro. A premissa básica é encontrar os itens indicados em uma barra inferior. Para prosseguir para o próximo nível, é necessário ter encontrado um certo número de itens nos cenários anteriores. Esse número, por sua vez, é acumulativo, então é possível passar níveis sem perder muito tempo com os objetos mais difíceis.
Cada coisa
O jogo é simples, mas se perde em premissas básicas. Primeiro que a movimentação do ícone que é usado para clicar é extremamente lenta nos consoles. Navegar pelo cenário, principalmente nos maiores, cansa. Deve funcionar melhor com o mouse.
Os comandos são simples. Basta clicar no item encontrado e ele será destacado. É possível também dar zoom in e out, para enxergar melhor ou o cenário de forma mais ampla. Como não há um tutorial de comandos, deixo a dica: são os botões de ombro (RB e LB, no caso do Xbox One, onde foi testado o jogo).
O jogo perde parte da diversão ao querer impor uma dificuldade desnecessária. A fim de fazer o jogador quebrar a cabeça por mais tempo nos cenários, há itens extremamente pequenos, como grama, ovo e carta de baralho, e estes ainda podem aparecer parcialmente, encobertos por outros personagens ou cenários.
Achei bom
O diferencial positivo do jogo é a animação dos cenários. Nada estático como os livros de “Onde está Wally?”. Diversos personagens se mexem no cenário, a maioria no mesmo lugar, o que é ótimo, se não ficaria totalmente sem propósito o jogo. Praticamente todos os itens espalhados no cenário são interativos, e ao clicar em um deles pode vê-los se mexer ou ouvir um som respectivo, como nos dinossauros e instrumentos musicais.
Hidden Through Time utiliza a perspectiva histórica para inspirar suas fases, no Modo História, o principal do jogo. Começa com homens da caverna e dinossauros na pré-história, passa por um mundo medieval fantasioso, antigo Egito e colonização dos EUA. Os cenários vão se tornando mais complexos e com mais itens a serem encontrados gradativamente por cada época. Para ajudar, o item em destaque sempre conta com uma dica interpretativa, mas que nem sempre ajuda muito. Infelizmente o jogo, apesar de intuitivo, está somente em inglês nos textos e menus.
Por fim, o jogo traz também um modo de criação de mapas, muito interessante, e a possibilidade de compartilhar sua criação online. Também é possível jogar em mapas criados por outras pessoas, assim como marcá-los como favoritos e avaliar positiva ou negativamente.
Busque algo mais
Hidden Through Time consegue despertar o amor e o ódio em poucos minutos. Encontrar os objetos escondidos é satisfatório demais, porém passar muito tempo para encontrar uma banana em um cenário imenso causa pânico. O rage leva a clicar em tudo para ver se encontra na sorte. Aliás, esta é uma tática, embora desleal, que funciona bem em muitos casos, como é possível notar na gameplay abaixo:
No fim, o modo história terminar na época da colonização norte-americana é um pouco frustrante. Por não ser um jogo complexo, curtir cenários mais futuristas seria interessante. Certamente é um jogo adequado para todas as idades e deve ser muito mais divertido jogar em uma tela grande, com toda a família envolvida na busca dos itens mais difíceis.
O jogo está disponível para todas as plataformas praticamente. É possível jogar nos consoles (PS4, Xbox One e Switch), PC e dispositivos móveis (Android e iOS).
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