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Horizon Forbidden West: Burning Shores amplia horizontes

Forbidden West: Burning Shores chega para expandir a história da segunda aventura da heroína Aloy em meio ao futuro apocalíptico da humanidade, agora dominada por uma inteligência artificial autônoma. De forma a seguir imediatamente o final da aventura base, Horizon Forbidden West: Burning Shores chega para colocar um ponto final na nova ameaça que deu as caras no epílogo da segunda aventura de Aloy, além de trazer algumas novidades que os fãs vão adorar.

Burning Shores

Muito importante ressaltar que Horizon Forbidden West: Burning Shores se trata de uma expansão no sentido literal da palavra, logo não pode ser confundido com DLCs stand alone, aquelas que funcionam como um game à parte sem a necessidade de possuir a base, além de ser obrigatório que o jogador tenha concluído Horizon Forbidden West para ter acesso a nova área. Sendo assim, sua estrutura narrativa e de gameplay segue a mesma lógica do jogo principal, com algumas pequenas adições pontuais que serão abordadas nesta análise.

Uma nova ameaça

De forma a avançar na narrativa do jogo base e consequentemente pavimentar o terreno para uma futura continuação da franquia, Horizon Forbidden West: Burning Shores coloca Aloy para investigar uma nova Los Angeles, que no mundo do game se transformou em um arquipélago devido a várias catástrofes vulcânicas que essa área sofreu.

Dessa vez Sylens funciona como uma espécie de comandante da missão, passando recados usando seu foco enquanto Aloy se torna ainda mais próxima do povo Quen – já conhecidos desde o jogo base – mas que agora habitam no arquipélago de Los Angeles. A partir daí, Aloy desencadeia uma amizade com uma companheira rebelde Quen e parte como uma dupla rumo ao conhecimento da nova ameaça mundial que ameaça o mundo em um pequeno adendo à aventura que dura aproximadamente oito horas de jogo.

É claro que vamos evitar os spoilers aqui, porém é bom o jogador estar preparado para definições importantes na história do jogo e da heroína Aloy, o que torna Horizon Forbidden West: Burning Shores uma expansão primordial para colocá-lo a par dos acontecimentos que certamente servirão como base na narrativa de um provável futuro game.

Novos ares

Mesmo partindo do pressuposto de que Horizon Forbidden West: Burning Shores é apenas uma expansão do game base, a Guerilla Games fez questão de incluir umas pequenas surpresas que devem deixar os fãs ainda mais satisfeitos. A começar por uma nova variedade de armamentos e trajes que não apenas tendem a deixar o combate mais diversificado e com possiblidade de o jogador montar novas estratégias, como também resulta em uma variedade visual bem bacana de Aloy.

Em conjunto com essa nova diversidade de armamentos, a Guerrilla Games introduziu um novo desafio ao game na forma de quatro novas máquinas que exigem uma boa reavaliação em sua estratégia de combate para que o jogador se sagre vencedor. Dentre as novas máquinas, o jogador deve encarar combatentes no estilo tanque e inspirados em sapos gigantes, passando por pequenas máquinas que simulam uma emboscada de abelhas até o enfrentamento que deve chamar mais atenção: A Asa Marinha. Essa última, apesar de ser bem parecida com o Heliodo do jogo base, é capaz de mergulhar no ambiente aquático do game com Aloy ainda montada, o que incrementa consideravelmente a experiência de jogo dos fãs da franquia.HeHHH

Em relação a árvore de habilidades, um novo nível foi adicionado para cada uma das categorias pré-existentes, o que garante algumas poucas habilidades inéditas em relação ao jogo base. O limite do nível passou para o máximo de 60 e o restante da estrutura do game base se manteve praticamente idêntico.

Showcase técnico

Como já é sabido, Horizon Forbidden West: Burning Shores marca uma nova era em que a franquia passa a explorar todo o potencial da atual geração em detrimento de não mais lançar o game no PlayStation 4, e essa escolha tem reflexos visíveis ao longo da aventura nessa nova exploração de Aloy e sua companheira.

Mesmo com o título base quebrando paradigmas audiovisuais ao apresentar um estonteante ambiente visual bem a frente de grande parte dos games da indústria atual, Horizon Forbidden West: Burning Shores consegue superar tecnicamente em tudo o seu predecessor, de forma a alcançar um novo patamar técnico. Aqui é onde realmente a Guerrilla Games demonstra a que veio o PlayStation 5, um consoles estupidamente poderoso e capaz de gerar gráficos incrivelmente detalhados em conjunto com uma quantidade bem maior de inimigos simultâneos, como no ataque de máquinas que simulam um enxame de abelhas.

O trabalho sonoro, ainda que não demonstre o mesmo salto visual, se mantém impecável e consegue – com maestria – trazer para o conforto do lar do jogador toda a credibilidade e imersão que o mundo de ficção científica que uma franquia do tamanho de Horizon exige. Logo, não é nenhum exagero dizer que essa expansão sozinha consegue estabelecer uma nova meta audiovisual a ser batida pela indústria de jogos.

Vale a pena?

Partindo do pressuposto de que essa expansão foi desenvolvida principalmente para os fãs que gostaram do jogo base em sua totalidade, visto que o produto só funciona após o jogador aproveitar Horizon Forbidden West até o final, já podemos adiantar que se trata de uma expansão obrigatória, não só por dar um fim verdadeiro ao título, mas também pela escalada técnica que torna o mundo de Horizon muito mais gostoso de ser explorado.

Burning Shores

Se algo pode ser criticado nessa expansão quando se comparado com a experiência vivida durante o jogo base é que a narrativa não consegue manter o ritmo emocional e nem mesmo tem grandes reviravoltas, o que pode decepcionar jogadores com expectativas mais altas. Entretanto, mesmo com apenas incrementos pontuais na sua estrutura básica, Horizon Forbidden West: Burning Shores culmina por ser uma essencial para os fãs da franquia que buscam um ponto final mais bem acabado para a segunda aventura da heroína Aloy, além de aumentar a expectativa para o futuro título de ficção científica da Guerrilla Games.

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