Após o sucesso de Moss, o muito aguardado Moss: Book II consegue manter a linha do primeiro jogo e também ser uma aventura emocionante em que o jogador faz o papel de Leitor para ajudar a protagonista Quill a atravessar labirintos, coletar itens e derrotar inimigos para evitar o fim do mundo de Moss.
A Polyarc acertou mais uma vez na mescla entre o tradicional jogo de aventura, em que a ratinha Quill precisa pular, escalar e atacar inimigos, com os poderes do Leitor, que podem criar caminhos, atordoar inimigos e manipular objetos no cenário a fim de ajudar a resolver os enigmas de cada sala a ser explorada.
Moss: Book II teve lançamento no PlayStation VR, e agora chegou aos demais dispositivos, então foi nossa vez de testar o jogo no Quest 2.
Amigos
Um dos destaques de Moss: Book II é a interação de Quill com os demais personagens. Desta vez, há muito mais interação com amigos, chegando inclusive a colocar outra ratinha como protagonista por algum tempo.
Para quem jogou o primeiro game da franquia, a sensação é de que tudo cresceu, desde ambientes maiores como os desafios para superar cada etapa da jornada. Inclusive o ponto alto do jogo é a sua evolução, fazendo com que a cada nova habilidade aprendida, mais complexo se tornem as salas e as buscas dentro do jogo.
Para quem curte ir atrás de todos os itens no jogo, Moss: Book II também oferece coletáveis espalhados pelo cenário, porém sem grandes dificuldades. Na primeira gameplay, o jogador pouco dedicado já consegue pegar muita coisa. A maioria dos itens que ficam pelo caminho é por falta de ter a habilidade necessária no momento em que está no devido trecho do jogo, mas um retorno basta para pegar tudo. Há também 2 salas especiais destravadas pela coleta de Pó, que oferecem itens especiais à Quill.
Jornada
Moss: Book II consegue balancear perfeitamente a aventura com a narrativa, intercalando as salas e lutas com momentos de história, em que o Leitor passa a ter em primeiro plano um livro que narra os acontecimentos de Moss. Em alguns momentos esta parte chega a ser entediante, mas basta virar a página para avançar rapidamente.
A narrativa, feita toda por uma pessoa alterando a própria voz para dar vida aos diferentes personagens, também lembra uma pessoa lendo um livro, mas acho que poderiam ter feito com mais dubladores para dar essência única aos protagonistas. O ponto positivo é que há legenda em português do Brasil, assim como todo o material escrito também traduzido.
Moss: Book II leva tão a sério o quesito da jornada que peca até em dificuldade, sem punir o jogador por morrer em momento algum. mesmo nos chefões, o jogo continua a partir do ponto em que estava, sem ter de recomeçar a batalha.
Ainda assim, não há dúvidas que Moss: Book II é um dos melhores jogos disponíveis para VR, por fazer uma mescla perfeita entre a aventura e a interação, com ótimos cenários e level design primoroso.