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Ni no Kuni: Wrath of the White Witch Remastered melhora o ótimo

Para aproveitar o bom momento da franquia Ni No Kuni com seu segundo jogo, a Bandai Namco lançou Ni no Kuni: Wrath of the White Witch Remastered. Esta versão usa o poder da geração atual de consoles para dar aquela polida em um dos melhores JRPGs dos tempos modernos.

Mas é necessário lançar uma remasterização de um jogo que ainda pode ser considerado atual? Ni no Kuni: Wrath of the White Witch possui padrões gráficos e de jogabilidade considerados modernos. Vamos responder esta questão nesta análise.

Antes de mais nada, é importante relembrar que Ni no Kuni: Wrath of the White Witch Remastered não é apenas mais uma remasterização qualquer. É algo feito em cima de um game que marcou época e não a toa se transformou em um clássico instantâneo.

Conheça Ni No Kuni

Ni no Kuni: Wrath of the White Witch conta a história de um adolescente chamado Oliver que tragicamente sofre a perda de sua mãe. Nesse momento, ele recebe a inesperada visita de Drippy, que se denomina como uma espécie de “pai de todas as fadas” e que promete ajuda-lo por meio da magia.

Na companhia de Drippy e com a capacidade de alternar entre o seu mundo real denominado Motorville e o reino de Ding Dong Del, Oliver parte em uma jornada regada de aventuras. A esperança é salvar sua mãe e, de quebra, ajudar também os mundos de Motorville e Ding Dong Del de um terrível ameaça.

É importante ressaltar que a experiência que o jogador vai encarar ao longo de mais de 50 horas de jogo é de tirar o fôlego. Na maior parte do tempo devido a boa química da inocência do garoto Oliver com a verdadeira amizade de Drippy, algo que vai marcar o jogador profundamente.

Melhorar o que já é bom

As animações do estúdio Ghibli, gigante japonesa responsável por vários animes de sucesso, são um show a parte. Elas corroboram na medida certa para a imersão perfeita do jogador na fantástica história do game.

Sua jogabilidade inovadora mescla a liberdade dos modernos Action RPGs com as batalhas por turnos. Se por um ladoo jogador pode mover-se livremente pelo cenário, por outro necessita de estratégia na escolha dos movimentos de batalha.

Não bastasse essa mescla inovadora, existe ainda todo um fator estratégico na administração do uso dos Familiares, que são uma espécie de ajudantes nos conflitos. Eles possuem magias únicas e tempo limitado no campo de combate. Ou seja, seu uso estratégico é determinante para o êxito na batalha.

Para fechar com chave de ouro, Ni no Kuni: Wrath of the White Witch ainda conta com toda a parte sonora composta por nada menos que a Orquestra Filarmônica de Tóquio. Obviamente, a parte sonora é recheada de trilhas emblemáticas e inesquecíveis.

Com todos esses predicados é impossível que Ni no Kuni: Wrath of the White Witch Remastered não carregue um peso enorme sobre os ombros. É preciso ter coragem para melhorar algo que, de certa forma, ainda nem precisaria ser melhorado.

Perfis

Para responder à pergunta do início do texto, é importante que o jogador saiba exatamente em qual papel ele se encaixa enquanto consumidor da franquia.

Ni No Kuni

Primeiro é importante dizer que Ni no Kuni: Wrath of the White Witch Remastered entrega um trabalho de respeito ao clássico original. Toda a essência foi mantida intacta.

Com gráficos em 1080p ou 4K nas máquinas mais modernas, seja seu PC ou um Playstation 4 Pro, o jogo roda fluentemente em sessenta quadros por segundo, o que é um alento aos olhos.

A fluidez, seja durante as batalhas ou até mesmo um passeio pelo imenso mundo de Ding Dong Del, é a evolução mais notória dessa versão remasterizada. O aumento da resolução ressalta a beleza do game como um todo.

Ni No Kuni

Nos demais quesitos o jogo se mantém intacto, sem a adição de nenhum tipo de conteúdo que prolongue a história ou até mesmo itens cosméticos. O que é até bom, dado que Ni no Kuni: Wrath of the White Witch é um jogo que fecha o seu ciclo primorosamente.

Contudo, ainda que o jogo não tenha sofrido mudanças drásticas, é perfeitamente compreensível o lançamento dessa versão remasterizada. Vamos detalhar alguns motivos nos próximos parágrafos.

Quais os porquês

Primeiramente, é necessário levar em conta a grande fanbase nas plataformas PC e Nintendo Switch. O segundo jogo da franquia acabou por despertar o interesse na origem dessa franquia fantástica. O Switch, por exemplo, recebe agora a versão original do jogo e não a remasterizada. Isso ressalta o ponto da oportunidade para os donos do console.

Ni No Kuni

Outro motivo também é timing em que a obra original foi lançada. Com o PlayStation 3 já em reta final e os anúncios da atual geração, os olhos dos jogadores podem ter deixado passar Ni No Kuni. Isto gera um potencial de usuários que, novamente, só ouviram falar do jogo após o lançamento do segundo título.

Por fim, existe toda uma questão de saudosismo, onde o jogador passou por toda a experiência do jogo e gostaria muito de revivê-la. Muitas dessas pessoas não têm mais um PlayStation 3 ou mesmo precisavam do incentivo de uma versão aprimorada.

Analisando estes pontos, fica claro que Ni no Kuni: Wrath of the White Witch Remastered chega para preencher lacunas que foram deixadas, não como jogo em si, mas na sua própria base de fãs.

É o Ni No Kuni definitivo!

Todavia, é importante também ressaltar que a ausência total de novos conteúdos no geral certamente pode causar um certo desconforto. O jogador deve estar ciente que, embora melhorado, o lançamento busca saciar a curiosidade da origem da saga nas novas bases de consumidores. É necessário que o jogador reflita consigo mesmo sobre o quanto ele deseja reviver esta aventura, caso tenha aproveitado a versão original integralmente.

Ni No Kuni

Para quem quer curtir o jogo da melhor maneira possível, a oportunidade é Ni no Kuni: Wrath of the White Witch Remastered. Tudo beira à perfeição, com uma história de dar inveja nos melhores animes da indústria, gráficos primorosos e fluindo maravilhosamente, trilha sonora inesquecível e um sistema de batalha que dá aula na maioria dos JRPGs da atualidade.

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