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RAD contamina com gameplay simples e autoaprendizagem gradual

RAD de radical? RAD de radiação? Sim, para ambos! RAD é um jogo no estilo Hack n Slash com visão isométrica – o famoso visto de cima consagrado em jogos como Diablo – e com ambientação nos anos 1980, após o mundo sofrer não um, mas dois apocalipses nucleares. Produzido pela Double Fine e distribuído pela Bandai Namco, RAD coloca o jogador na pele de um jovem voluntário que parte da segurança do Agora para enfrentar perigos nas terras ermas das Ruínas para encontrar novas fontes de energia para os Reparadores.

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Vista em Agora, com referências!

Os Reparadores são máquinas que ajudam os sobreviventes nesse futuro duplamente devastado, e entre eles está o Ancião, que é quem fornece a missão principal do jogo. Após o jovem voluntário – o jogador pode escolher inicialmente entre 3 personagens, mas ao todo são 8, sendo os demais desbloqueáveis durante o jogo – se apresentar, o Ancião utiliza o Poder dos Reparadores e transforma seu corpo para que possa respirar o ar tóxico e utilizar as RADs, toxinas presentes nas Ruínas, que servem como XP. É aqui também que o jogador recebe a primeira arma – um bastão de baseball – e descobre que se falhar outro jovem iniciará a missão em seu lugar. Essa é a maneira para introduzir o Rogue-Like, estilo que compensa cada gameplay com novas possibilidades como itens e personagens, além do essencial: o conhecimento adquirido na aventura anterior!

Mutantes

Como é de se imaginar, após duas catástrofes, o que não faltam no mundo são criaturas bizarras e poças de líquido radioativo. Infelizmente quase tudo que está no cenário é um obstáculo para o jogador. Para avançar de fase é necessário encontrar estátuas que liberam o caminho para um boss. Após derrotá-lo, o jogador pode escolher seguir para a próxima fase ou voltar para o Agora – caminho devidamente sinalizado com uma galinha – aonde poderá adquirir itens ou guardar dinheiro no banco para usar em uma futura jornada.

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O Ancião é responsável pela jornada

Os RADs são ganhos ao derrotar qualquer inimigo da tela e ao acumular o suficiente para encher a barra no topo da tela, o personagem também ganha uma mutação. No total, é possível equipar 3 poderes ativos, acionados pelos botões de ombro do controle, e infinitos poderes passivos, mas estes conseguidos em lojas ou locais obscuros do mapa.

A combinação dos poderes ativos é que vai determinar o estilo de gameplay do jogador. É possível receber asas, e aí optar por uma tática mais evasiva, que combina perfeitamente caso o jogar utilize alguma mutação que oferece possibilidades de combate à distância. Ou também criar raízes que seguram o oponente, e aí partir para a pancadaria.

Sem contar as mutações, o combate é simples e resumido a 3 botões: um com golpe simples – e que pode ser carregado para um poder maior -, outro com pulo e por fim um que dá poderoso golpe no chão.

Nas Ruínas

O desenvolvimento nos níveis de RAD é primoroso e evolui conforme o jogador vai se acostumando à vida nas ruínas, mas isso em momento nenhum torna o jogo fácil. A todo momento é preciso estar atento, pois o cenário esconde muitas armadilhas e nem todas as mutações passivas são úteis – algumas até atrapalham!

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Estátuas abrem caminho para os chefões de cada nível

Os inimigos são bastante variados e muitos deles também parecem passar por uma evolução genética. Todo cuidado é pouco, pois há alguns que explodem ou outros que deixam tudo em chamas após serem derrotados.

Fitas e Disquetes

As referências aos anos 80 são deliciosas e os gamers na casa dos 30 (quase 40 anos) sentirão muitas vezes aquela gostosa nostalgia, principalmente embalados pela trilha sonora original excelente. Os cenários também contêm coisas da época como veículos, aparelhos eletrônicos e até máquinas de fliperama com o saudoso Pac-Man!

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Lojas vendem itens especiais por fitas K7

Mas duas das figurinhas das antigas tem papel essencial: as fitas K7 servem como dinheiro, possibilitando a aquisição de itens especiais e mutações passivas, e os disquetes que são as chaves para abrir baús ou abrigos em que os humanos se esconderam – e deixaram bons itens – para fugir do apocalipse.

RADiante

RAD é um jogo que te faz ter vontade de continuar jogando até conseguir finalizar pelo menos uma vez. Os gráficos em cell shading são muito bons e a trilha sonora com um quê de retro 1980 é sensacional. Obviamente o jogo não preza pela história, sendo somente um pano de fundo para a ótima jogabilidade.

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Profundezas escondem surpresas

O que mais atrai no jogo é o sistema de evolução, que consegue fazer com que o jogador evolua juntamente com o personagem. É necessário aprender cada novo passo que o jogo oferece, e ele sabe servir aos poucos suas doses, inserindo no contexto novos ambientes a serem explorados – até com missões secundárias.

Em RAD o jogador não vai cansar de tentar. É necessário estar atento o tempo todo pois qualquer vacilo pode resultar em morte e aí já sabe: é começar tudo de novo. Ainda bem!

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