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Sangue e neons dão o tom em Katana Zero

Um samurai treinado para matar e com o poder de retroceder ou desacelerar o tempo, numa metrópoles sombria carregada de neons que nos remete aos tempos discos dos anos 80. Esta são os ingredientes principais que compõem a receita de Katana Zero.

Com um estilo  side-scrolling beat’em up em 2D e uma trilha sonora cativante ao melhor estilo synth music, Katana Zero foi desenvolvido pela Askiisoft e publicado pela Devolver e traz de volta o estilo morte instantânea, o qual a fase sempre será reiniciada quando o jogador sofrer qualquer tipo de dano. E isso é um ponto positivo para o jogo, pois sempre será preciso montar uma boa estratégia para eliminar todos os inimigos de cada sala ou andar.

Um a Zero

A história do game é centrada em Zero, um samurai assassino de aluguel que sofre de amnésia causada por uma guerra. O samurai recebe ordens de seu terapeuta, as quais sempre culminam em eliminar alguém. Graças a uma droga chamada Chronos, que é ministrada por esse mesmo terapeuta, Zero tem o poder de retroceder no tempo, o que acontece quando ele sofre algum dano, e há vários modos para isso acontecer. Capangas valentões que partem para a briga ou armados com diferentes tipos de armas e até mesmo uma força especial da polícia com armamento pesado e escudos que estão à caça do temido “Dragão”.

Durante o desenrolar da narrativa, a interação dos jogadores com o game se dá nas escolhas de respostas em vários diálogos, sejam eles com o terapeuta, do qual é possível extrair mais informações sobre o passado de Zero, ou com os vilões, que tentam a todo custo tirar informações do samurai. Não existe uma opção correta, mas cada escolha irá colaborar para definir o desfecho da história. Há momentos em que os diálogos – que quase sempre trazem um ar pesado e de morte – são recheados de humor e até alguns easter-eggs – como, por exemplo, quando Zero vai até um hotel e diz a recepcionista que está fantasiado de cosplay. As opções escolhidas pelo jogador podem, inclusive, incluir um pouco mais de descontração e quebrar o clima sanguinário encontrados no game

Pare e Pense

Apesar de ter uma boa jogabilidade, Zero conta com uma limitada sequência de combate, porém, dois artifícios imprescindíveis ajudam a realizar as missões: Uma rolagem que o deixa imune a qualquer ataque ou armadilhas e o poder de desacelerar o tempo, dando ao personagem a vantagem de refletir projéteis de armas de fogo. Este poder de desaceleração, porém, conta com uma barra de tempo ao acioná-lo e será necessário esperar que essa barra recarregue para poder utilizá-lo novamente.

Mesmo baseando se em tentativas e erros e com algumas limitações relacionadas ao gameplay, Katana Zero deixa uma sensação de dever cumprido quando encerramos uma fase. Mesmo após várias tentativas, o prazer de encontrar a melhor estratégia para concluir a missão com sucesso é extremamente satisfatório

Lançado em 18 de abril para PC e Nintendo Switch, Katana Zero cumpre o seu propósito de desafiar o jogador. Apesar de uma gameplay curta e um final um tanto questionável, o game oferece um desafio que vale muito a pena para quem curte o estilo.

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