GamePress

Tennis League VR simula bem mas comete faltas

Simular a prática de um esporte em sua sala de estar utilizando um capacete de realidade virtual parece algo não muito distante nos dias atuais. E aproveitando esse espaço, a AnotheReality desenvolveu Tennis League VR, um promissor simulador de tênis que acerta em muitos aspectos do esporte mas falha justamente na adaptação do esporte para o ambiente virtual.

Tennis League VR

O jogo em si compreende todas as regras do esporte oferecendo ainda a possibilidade de personalizar as partidas para terem menor duração, reduzindo o número de sets a serem jogados, por exemplo. O jogador poderá participar do modo carreira, disputar partidas contra oponentes multiplayer, praticar diversos tipos de movimentos, como saques ou smashes, e também o divertido modo arcade, que compreende até o momento somente o Droid Rush.

Um Campeão!

O modo carreira é o principal. Nele o jogador, que poderá personalizar seu avatar e escolher entre diferentes tipos de raquetes, segue sua vida como tenista acumulando EXP conforme o desempenho em quadra. O jogador irá então abrir caminho pelo mundo do Tênis e subir no ranking até se sagrar o campeão. O atleta dentro do jogo irá evoluir em suas características mas também é importante notar que o gamer irá aumentar suas habilidades ao compreender melhor como cada raquetada é entendida pelo jogo em si.

Tennis League VR

O mais importante aqui é perceber como a equipe reproduziu bem – na vasta maioria das vezes – o contato entre a raquete e a bola, seja para dar mais profundidade às rebatidas como para direcionar os golpes. Por outro lado, a movimentação do Avatar em quadra é um dos maiores problemas do jogo, já que por ser um esporte dinâmico, perde-se muito ao utilizar o teletransporte para subir na rede, por exemplo, já que há um intervalo da ação em que o jogador some de quadra.

Por falar em quadra, as ambientações do jogo são bastante caprichadas, seja representando locais menos afortunados quanto outros futurísticos. Vale a pena tirar um momento para olhar ao redor quando for jogar e se encantar com detalhes escondidos. Uma boa opção também para isto é assistir um amigo em uma partida como espectador. Graficamente, mesmo adotando um visual mais cartunesco, as imagens são agradáveis e cumprem seu papel.

Voltando aos modos de jogo, como multiplayer e treinamento são auto-explicativos, vamos falar do Droid Rush, uma grata surpresa, principalmente porque tira de campo a movimentação do jogador. O game funciona como um tower defense, em que ondas de droids tentam chegar ao jogador que se defende acertando boladas nos robôs. Para quem gosta de se divertir em família, principalmente espelhando na TV, é uma função que está ligeiramente escondida e poderia ter mais destaque.

Dupla Falta

Além do problema com a movimentação do jogador em quadra, que pode ser contornado caso o gamer tenha espaço suficiente para andar de um lado para o outro em seu local de jogo – o que é uma exceção, imagino – outro problema do game são os inúmeros bugs. Aproximadamente 50% das vezes que tentei iniciar a jogatina, principalmente no modo carreira, o jogo travou, me deixando congelado no lobby sem ter ação a tomar. Bugs similares também ocorreram após finalizar uma partida ou treinamento. Mas creio que isso possa e deva ser corrigido em futuras atualizações do desenvolvedor.

Por fim, é importante ressaltar que Tennis League VR, apesar de responder bem aos movimentos de raquete do esporte que simula, não parece ter a ambição de se tornar um exercício, que também é um nicho muito presente nos sistemas de realidade virtual. Como diversão, atende bem o que propõe, fazendo as rebatidas eficazes diferenciais entre vencer e perder uma partida no jogo padrão e acrescentando diversão no modo arcade.

Leia também:

A GamePress utiliza Cookies para melhorar sua experiência. Aceito Saiba Mais

Política de Cookies e Privacidade