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Sensação de incapacidade e fuga constante dão tônica de The Coma 2

Desenvolvido pela Devespresso Games e publicado pela Headup Games, The Coma 2: Vicious Sisters é um jogo de terror e sobrevivência que aborda o estado de coma como uma espécie de mundo paralelo macabro, onde terríveis criaturas sedentas por sangue estão à espreita de pobres almas que ainda mantêm a mínima esperança de retornar às suas vidas no mundo dos humanos.

The Coma 2 foi lançado primeiramente para PS4 e Nintendo Switch, e chega em 4 de Setembro para o Xbox One.

Em Coma

Criado para ser uma sequência direta do primeiro jogo da série de terror coreana, The Coma 2: Vicious Sisters retorna para continuar a história dos alunos desacordados da escola Liceu Sehwa. Desta vez o game conta a história de Mina Park, amiga do personagem principal do primeiro jogo e estudante do mesmo colégio Liceu Sehwa.

The Coma 2

Em um dia normal de aula, Mina encontra vestígios de um ritual misterioso durante um de seus passeios pela escola Sehwa, sua curiosidade sobre os objetos encontrados acaba por desencadear um estado de coma nela mesma, transportando-a imediatamente para o mundo paralelo do colégio, onde o seu objetivo principal é sobreviver e encontrar uma saída para o mundo real novamente.

De A a B

The Coma 2: Vicious Sisters segue um caminho diferente da maioria dos jogos de terror já concebidos e não coloca o nosso mundo sob nenhuma ameaça de criaturas horrendas que querem acabar com a humanidade. Aqui o caminho é o inverso e quem invade o ambiente do tinhoso é a espécie humana, logo a jogabilidade do game reflete a total incapacidade de Mina ante os algozes demônios que a espreitam às sombras do seu próprio domínio.

Uma arma, uma faca ou sequer um bastão não são opções para Mina combater qualquer criatura. Em The Coma 2: Vicious Sisters sua única opção é a sobrevivência, então não existe combate e tudo o que Mina pode fazer é se adaptar ao meio e se esconder como uma caça foge do seu caçador.

The Coma 2

Em posse de um isqueiro e uma mochila com capacidade para carregar somente quatro itens, cabe ao jogador guiar Mina em um mundo 2D macabro, isto é, o jogador vai se movimentar para a direita ou para a esquerda na tela, fugindo e se escondendo de criaturas que querem pôr um fim em sua vida.

O estilo e a jogabilidade em um primeiro momento lembram bastante um jogo metroidvania, contudo o desenvolvimento da história se mostra extremamente linear e os puzzles não exigem tanto do jogador para serem desvendados, por tanto é honesto dizer que o jogo tende a seguir mais um estilo de jogo de aventura linear com apresentação de revista em quadrinhos com tema de terror.

De maneira bem resumida também podemos dizer que Mina deve seguir de um ponto A para um ponto B escondendo-se dentro de armários, embaixo das mesas ou em qualquer canto escuro para ativar algum tipo de eletricidade ou conseguir algum cartão para liberar as passagens e seguir na aventura.

Os itens que podem ser comprados em máquinas espalhadas pelo cenário são todos defensivos e vão de itens que regeneram a vida de Mina até sprays de pimenta, que são usados de maneira automática quando mina é agarrada por alguma criatura das sombras.

O isqueiro que Mina carrega tem uma função muito importante no game e serve para iluminar o caminho e colocar em evidência toda a sorte de itens ao longo da sua aventura, contudo sua utilização está diretamente ligada a um fator estratégico bem importante na jogabilidade do game, pois seu uso denuncia a posição de Mina para as criaturas.

Ambientação

No melhor estilo de revista em quadrinhos, Coma 2: Vicious Sisters conta com gráficos bem sombrios, recheados com bastante sangue e vísceras espalhadas pelo cenário, compondo o ambiente perfeito para imersão completa do jogador.

Todos os detalhes de animação de Mina e das criaturas estão muito bem feitos e capazes de reproduzir com perfeição todo o sentimento de pânico da protagonista, assim como o desejo de destruição das criaturas.

A trilha sonora funciona de maneira pontual, mas com uma sinergia perfeita com toda a parte visual do game, sendo um dos fatores principais para imersão completa do jogador com todo o terror proposto pelo game.

Os controles funcionam de maneira bem simples, mas sem decepcionar em nenhum momento. O game exige sempre respostas rápidas e precisas nas várias vezes em que o jogador será surpreendido pelas aberrações do mundo paralelo de Coma, e o controle entrega tudo o que é necessário em meio ao pânico, não deixando em momento algum aquele sentimento de que a falha foi por aspectos técnicos, mas sempre por alguma falha do próprio jogador.

Fuga fulgaz

The Coma 2: Vicious Sisters pode não ser um jogo que traz elementos inovadores par o gênero de terror, mas é inegável o fato que, mesmo com sua simplicidade nos gráficos 2D e o estilo de história em quadrinhos, tudo foi feito com um imenso carinho e aproveitando ao máximo a visão limitada em duas dimensões.

Os sustos e a sensação de pânico estão presente em vários momentos e servem como prova de que o objetivo dos desenvolvedores foi alcançado, entretanto é honesto afirmar que a simplicidade no gameplay e a linearidade com que o game se desenvolve tende a deixar o jogo bem repetitivo e cansativo em pouco tempo.

The Coma 2: Vicious Sisters funciona como um jogo que estende a sensação de fugir do seu algoz Nemesis em Resident Evil durante todo game, tornando-o totalmente impotente quanto a sua grandeza e incapaz de reagir de maneira que não seja apenas partir em fuga em busca da sobrevivência. Portanto, se o seu perfil de jogador é do tipo que curte a sensação de pânico e impotência ante criaturas demoníacas, certamente The Coma 2: Vicious Sister funciona perfeitamente!

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