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Utawarenumono: Zan é uma experiência diferente para quem já é fã da série

Utawarerumono pode ser apenas um nome complicado para muita gente. Porém, para os fãs de jogos de estratégia e JRPG, é uma série conhecida por seus personagens carismáticos e combate competente. Pensando em aumentar o alcance da franquia e de quebra atingir uma nova gama de jogadores, a Aquaplus e a NIS America trazem uma nova aventura no universo de Utawarerumono: Utawarenumono: Zan.

Novidades para a série

Utawarerumono: Zan, diferente de seus antecessores, aborda um estilo de jogo mais próximo dos jogos “musou” – jogos de ação onde o jogador enfrenta centenas de inimigos – e traz um resumo da história de Utawarerumono até o momento. Haku é um homem sem memórias que acorda em um mundo onde é o último ser humano, mas é acolhido por uma tribo de criaturas que se unem ao rapaz para descobrir sobre seu passado. São aproximadamente vinte capítulos abordando histórias e personagens já conhecidos pelos fãs da franquia, no entanto, o jogo não faz um bom trabalho apresentando esse conteúdo aos novatos.

Toda a história é apresentada de forma corrida e enxugada. Os personagens, mesmo com designs e características bem distintas, acabam não recebendo tempo suficiente para se apresentarem ao jogador, ou justificar a forma como falam e interagem entre si. É compreensivo que a história fosse contada de forma resumida já que se trata de um apanhado da série, porém, durante a história, são diversos os capítulos focados apenas em exposição e diálogos que parecem não ir para lugar nenhum, quebrando completamente o ritmo de jogo.

A forma com que a história é contada também não ajuda, já que ela é em formato de visual novel, com dois ou três personagens na tela conversando entre si sobre assuntos que talvez fossem mais aproveitados se dado um maior contexto, ou divididos melhor entre sessões de gameplay.

Muito Hack N Slash!

Utawarerumono: Zan poderia ser facilmente confundido com algum dos jogos da série Musou da Koei Tecmo. Entretanto, acaba se limitando um pouco mais em sua escala. São mapas pequenos, com alguns objetivos específicos, que infelizmente se repetem ao longo de toda a jogatina. São raros os momentos em que alguma coisa nova é apresentada ao jogador, como por exemplo um divertido seguimento onde era necessário encontrar um caminho para fugir de um inimigo gigante, ou, a boss battle contra esse inimigo diversos capítulos depois. O game também tem uma escala de dificuldade desequilibrada, pois durante quase toda a campanha inimigos e chefes eram derrotados sem nenhum problema, porém, próximo ao final, todos os chefes e sub-chefes pareciam estar vários níveis acima do time principal.

No quesito gameplay, Utawarerumono: Zan é simples, mas, simples até demais em alguns aspectos. São 12 personagens disponíveis, com diferentes armas e habilidades que contam com dois botões de ataque, porém, cada um deles dispõem de uma lista de golpes limitada e que não evolui de acordo com o nível, obrigando o jogador a usar os mesmos combos do começo ao fim. Mesmo usando times de quatro personagens por luta, acaba ficando repetitivo.

O jogador também tem à sua disposição uma barra de poder, onde ele pode escolher entre um buff momentâneo ou um ataque especial, onde o poder de ataque é definido a partir de um “minigame” rítmico. Ao chegar ao nível 25, cada personagem recebe um ataque final, cada um de acordo com a arma e sua personalidade, um toque interessante que ajuda a representar melhor o elenco do game.

Missões extras e estilo

Além do modo história, Utawarerumono: Zan dispõe de missões extras nas quais pode-se evoluir os personagens e refazer algumas missões da história com um time diferente, além de um modo onde até quatro jogadores podem cumprir essas missões juntos. Apesar de um ótimo meio para evoluir personagens que estejam com níveis mais baixos, a repetição do modo história continua a mesma, já que não existe uma variedade grande de objetivos além de derrotar um certo número de inimigos, enfrentar bosses, ou coletar determinados itens pelo mapa.

Após completar qualquer missão, o jogador recebe upgrades e dinheiro. Esses upgrades podem ser equipados e dão diferentes habilidades, como mais ataque, defesa, vida ou até focar a atenção dos inimigos em um personagem determinado. O dinheiro pode ser usado na loja, onde é possível adquirir mais itens. Também é possível customizar a aparência dos personagens com roupas extras ou cores.

Visualmente o jogo traz um mundo 3D estilizado como um anime, com destaque nos designs interessantes e coloridos dos personagens. No quesito áudio, Utawarerumono: Zan impressiona com todas suas cutscenes sendo dubladas e a opção de escolher a música durante a missão. São diversas opções, com uma mistura interessante de música clássica japonesa e techno.

Os fãs vão adorar

Utawarerumono: Zan traz uma experiência cansativa tanto em seu gameplay quanto sua história, sem fazer um bom trabalho em introduzir a série a curiosos ou entusiastas de jogos de ação. Porém, é clara a atenção aos detalhes dados ao universo e personagens para agradar quem já é fã. O jogo chega no dia 9 de setembro exclusivamente para Playstation 4.

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