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Warlander é MOBA com pegada de aventura

Organizar os amigos em times e estrategicamente destruir os adversários é o grande mote da maioria dos jogos para PC, desde que o gênero MOBA se solidificou com o sucesso absoluto de League of Legends. Warlander, jogo free-to-play desenvolvido pela Toylogic e distribuído pela Plaion, busca seguir a mesma linha, porém com uma pegada mais adventure, deixando de lado a vista isométrica para colocar os jogadores no campo de batalha, como jogos de aventura, ou hack´n slash.

O jogo em si consiste de levar seu time em campanha contra os inimigos e dominá-los. Várias nuances se destacam durante a gameplay, principalmente no quesito interação com outros players, porém falta a Warlander uma profundidade que dê razão a tudo isso. Além disso, como todos os jogos que agora implementam o sistema de passe de temporada, o game exige uma dedicação sádica ao desenvolvimento de seus personagens, que sofrerão nas mãos de jogadores mais experientes até chegar ao mesmo patamar.

Luta de classes

Warlander possui 2 classes principais com as quais o jogador pode configurar seu deck: Mago, Clérico e Guerreiro. É possível alterar durante a batalha entre os personagens selecionados e equipá-los de maneira diferente. Então nem sempre ter um de cada tipo é uma vantagem. O Mago foca em ataques à distância, o Guerreiro no corpo a corpo e o Clérico deveria ser um meio termo, mas é claramente o personagem menos utilizado pelos jogadores.

Os times de 5 jogadores possuem um capitão, que é o player com nível mais alto, e recebe funções conforme votação antes da partida começar. Tudo é feito democraticamente. Primeiro escolhe-se a tática, que pode ser agressiva, equilibrada ou defensiva, e depois cada jogador pode voluntariar-se para sua função no campo de batalha, optando por atacar, defender ou operações especiais. O legal é que seu desempenho no jogo é avaliado conforme seu desempenho dentro do que foi escolhido.

Por exemplo, Operações Especiais fica responsável por conquistar torres e construir armas de cerco. Ambas são muito úteis durante a batalha, pois as torres servem como pontos de ressurgimento e as armas de cerco causam bastante dano e ajudam a invadir o castelo inimigo.

A partida termina quando um time destrói o núcleo dentro do castelo inimigo.

Dedicação total

As primeiras horas em Warlander podem ser um pouco punitivas. Apesar da ideia de fazer parte de um grupo e lutar contra outro time, não há qualquer momento de interação com outros integrantes antes da partida começar. É fato também que os menus não são amigáveis e tampouco a customização dos personagens, que transparecem clareza no sentido de que há extremo benefício em pagar pelo passe de temporada, que tem 3 versões: a gratuita, o normal e o premium. Até mesmo para adicionar um slot extra no seu deck é necessário desembolsar, o que leva a uma clara vantagem de quem se dispõe.

No que tange à batalha, praticamente tudo que pode ser customizado e evoluído pelo jogador oferece uma vantagem diferente. Certa roupa oferece benefício de velocidade, enquanto um amuleto incrementa a quantidade de vida do personagem. Cabe ao jogador evoluir e aplicar as melhorias conforme seu estilo de jogo.

Além dos itens, durante a evolução do personagem é possível alterar suas habilidades para outras mais poderosas. Isso pode acabar frustrando o jogador em início de carreira pois se deparar com uma equipe mais evoluída influi diretamente na conquista de seus objetivos. Tudo bem que faz parte do aprendizado, mas morrer inúmeras vezes em sequencia com apenas 1 hit é cansativo e desestimulante.

Entre dois mundos

Warlander atinge certeiramente um espaço entre os jogos MOBA de visão isométrica e pancadarias medievais em terceira pessoa. Porém para que o jogo se torne um ambiente de disputas consagrado, é necessário permitir que o jogador se divirta enquanto aprende a jogar, e não fique refém dos passes de temporadas, tendo que injetar dinheiro conseguir itens valiosos.

Há espaço também para melhorias nos quesitos gráficos e, principalmente, de áudio. Tendo em vista que o jogo é free-to-play, também não é algo que o diferencia dos demais desta categoria.

Claramente Warlander foi concebido para ser um local em que amigos se reúnem para conquistar e destruir os adversários, mas deixa uma lacuna para aquele jogador solitário que quer criar amizades no jogo. Na verdade, você começa mais a odiar tanto os inimigos quanto os amigos que não trabalham em prol dos objetivos estipulados.

Warlander está disponível gratuitamente na Steam. A previsão é de chegar aos consoles ainda neste primeiro semestre de 2023.

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