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Londres, gráficos e indivíduos se destacam em Watch Dogs: Legion

Particularmente, passear em uma cidade atual em um futuro não tão distante é um dos cenários que mais traz empolgação no mundo dos games. Enquanto obras situadas em locais fictícios ou em futuros apocalípticos permitem que os criadores abusem da imaginação, trazer uma Londres repaginada após poucos anos da era em que vivemos é extremamente satisfatório. Watch Dogs: Legion, da Ubisoft, recria a capital inglesa com maestria, mantendo a presença forte do aspecto político em Westminster, a força jovem de Camden e pontos turísticos tradicionais como a Torre da Londres, passando pela já não tão moderna London Eye e até o Gherkin, esse sim um prédio mais moderno, com formato de ovo. Isso sem contar o tradicional clima de Londres, onde uma rápida chuva pode surgir de uma hora para outra e poucos minutos depois o sol aparecer, dando um belo reflexo nas poças de água que ficaram pelas ruas.

A nova velha Londres

Se por um lado explorar as possibilidades de uma grande cidade com mudanças bastante críveis é deveras interessante, isto apenas não basta para fazer um bom jogo. Watch Dogs: Legion atrai também por seu enredo, em que praticamente qualquer cidadão – desde que não odeie a DedSec – pode ser recrutado. Cada qual com suas habilidades únicas poderá ajudar a DedSec, que evoluiu como um movimento de resistência e agora está na mira dos poderosos que controlam esta nova Londres. O recrutamento é peça chave no jogo e iremos abordá-lo adiante, porém antes e necessário entender o que se passa neste futuro não tão distante.Para recrutar, basta contatar o personagem que até então era um simples NPC em sua rotina normal.

As Jóias da Coroa

A Londres do futuro em Watch Dogs: Legion tem um sério problema: Falta de governo. Com isso, alguns grupos aproveitaram para aumentar sua influência e dominar setores estratégicos. São 3 figuras predominantes: Primeiramente temos Nigel Cass, CEO da Albion, uma empresa que não mede as consequências de suas ações para policiar a cidade. Depois, Emma Child, diretora de contraterrorismo da SIRS, agência de inteligência e vigilância. Por fim, o mundo do crime se faz presente com Mary Kelley, que lidera o sindicato e usa o caos para estender seus tentáculos que vão desde tráfico de drogas até comércio de órgãos.

Tecnologia é foco da série Watch Dogs

Aqui os vilões comandam a história, eles sim são melhores desenvolvidos e trazem tramas bem pesadas, como tráfico de órgãos e terrorismo, por exemplo.

E aí entra o DedSec, culpado por uma série de ataques à bomba que aterrorizaram os cidadãos de Londres. Será preciso investigar, descobrir e revelar quem realmente está por trás dos ataques. Para isso, claro, explorar cada canto desta Londres recriada.

Drones são presença constante

São missões que envolvem muita tecnologia, como já é marca da série Watch Dogs, mas desta vez ampliada, fazendo a Inteligência fator predominante para conseguir bons resultados. Embora sair estourando tudo à sua frente também funcione.

São 4 tipos de abordagem basicamente. O modo stealth deixa o personagem mais distante da ação. A sugestão é instalar armadilhas e tentar neutralizar os Capitães, que podem chamar reforços e acabar com a sutileza do processo. O ataque com drones também é bastante eficiente à distância. O jogador pode utilizar-se dos seus próprios equipamentos ou hackear dos inimigos e usá-los para concluir seus ataques. Quem prefere o estilo silencioso e mortal pode usar ataques corpo a corpo e esconderijos para eliminar os oponentes sem chamar a atenção. Mas conhecendo o público dos videogames, a esmagadora maioria vai abusar do combate com armas, sejam elas leves, como pistolas com silenciadores, pesadas como lança granadas ou até abelhas que explodem. Tudo depende do personagem que você está controlando no momento!

Watch Dogs: Legion
As vezes os velhos e bons sopapos resolvem

Infelizmente a IA do jogo por vezes é fraca, não é incomum passar na frente de um inimigo e ele não te ver, sem contar que mesmo armado ele só irá atirar se você atirar primeiro, caso contrário vocês irão para uma “trocação franca” que também não terá muita dificuldade de vencer.

Cada um, cada um

Não é necessário muito esforço para recrutar aliados para a DedSec. São pessoas comuns, NPCs do jogo, que passam a ter protagonismo nesta jornada. Após abordá-los, será necessário primeiramente cumprir uma missão e, se bem sucedida, como agradecimento ele se juntara a sua causa e poderá ser acionado a qualquer momento mudando bastante o gameplay. Isso por que cada cidadão tem uma personalidade apresentada em um breve texto (nada muito profundo) e habilidades únicas que realmente fazem diferença na hora das missões definindo sua dificuldade. Por exemplo, ao recrutar um trabalhador da construção civil você pode andar tranquilamente por missões que acontecem em obras, pois seu uniforme de trabalhador o deixara acima de qualquer suspeita, ou se preferir pode recrutar um hooligan e entrar na porrada, um hacker perito em armas de fogo ou até mesmo um senhorzinho com problemas de flatulência que irá entregar sua posição para os inimigos ao soltar um ¨pum¨ – não recomendo para missões stealth.

Watch Dogs: Legion
Cada agente tem uma história

No início você pode pensar que essa troca de personagens ira te tirar da imersão, pois você não tem um herói para se apegar ou aprofundar na história, mas essa é a grande sacada do jogo, o herói é você que recruta as pessoas certas e as usa em momentos oportunos!

Zero e Um

Watch Dogs: Legion é um jogo que não foge da premissa de receber missões, cumpri-las e receber novas. O recrutamento e a reprodução de Londres são os pontos altos do jogo.

Infelizmente o que pode atrapalhar bastante o ritmo do game é a presença de bugs. Por mais de uma vez foi necessário reiniciar o game perdendo um pouco do avanço realizado por problemas que não se espera encontrar a esta altura da sétima geração. Nossa análise foi feita no Xbox One X, um dos consoles recomendados para tal (o outro era o PS4 Pro).

Watch Dogs: Legion
De NPC a Agente

A quantidade imensa de “coisas” para fazer é marca registrada da Ubi em seus jogos de mundo aberto e manteve-se presente em Legion. O novo Watch Dogs diverte sem muita dificuldade, e seu gameplay variados deve agradar aos fãs da franquia.

Mais do que uma representação de futuro, a lição que Watch Dogs: Legion traz é que a individualidade e o potencial de cada habitante são essenciais para a solução dos problemas e consequente evolução do mundo à nossa volta.

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