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My Hero One’s Justice 2 traz estratégia aos arena fighters

Pouco tempo depois do lançamento do fraco One Punch Man: A Hero Nobody Knows, a Bandai Namco trouxe outro anime com a temática de super heróis aos vídeo games: My Hero One’s Justice 2, game baseado na série de sucesso My Hero Academia, lançado no dia 13 de março para Xbox One, Playstation 4, Nintendo Switch e PC.
Desenvolvido pela ByKing, My Hero One’s Justice 2 é um arena fighter onde os jogadores podem selecionar times com um lutador e dois assistentes dentre um elenco de quarenta personagens.

Treinando para ser um herói!

Apesar do estigma criado por outros anime fighters, My Hero One’s Justice 2 conta com um sistema de combate que vai além do clássico “apertar um botão para vencer”. O game consegue diferenciar cada um dos lutadores do elenco, categorizando-os em arquétipos conhecidos em jogos de luta e, claro, suas habilidades do próprio anime.Os controles são simples: um golpe básico e dois botões específicos para os “dons” de cada personagem, dois botões para assistência; um para corrida/dash e um para defesa.

O game permite que o jogador crie combos com seus golpes básicos e dons, que podem ser estendidos de diversas maneiras, seja cancelando golpes especiais com dashs e iniciando uma nova sequência usando os assistentes, ou continuar golpeando os inimigos após arremessá-los contra paredes ou o chão. Os cenários também fazem parte ativamente do combate, com paredes e chãos destrutíveis que podem até levar a mapas completamente diferentes. O problema fica por conta de outros objetos espalhados pela fase que não tem uma função dentro do gameplay e acabam muitas vezes atrapalhando a visão dos jogadores.

Apesar de oferecer um modo “normal”, onde apenas pressionando o botão de ataque básico o lutador executa um combo otimizado, One’s Justice 2 não recompensa jogadores que apenas utilizam dessa artimanha. É no modo “manual” de combate que a diversão acontece, já que é com ele que o jogador pode usar sua criatividade em seus combos, algo razoavelmente raro para o estilo.

Cada personagem tem dois super ataques chamados Plus Ultra, que precisam do uso de barras para ser executados, além de um ataque final em grupo que utiliza três dessas barras. Esses especiais em grupo, quando utilizados com uma equipe específica, geram animações divertidas com os personagens interagindo entre si, mas que podem ser um pouco longas.

Visuais Plus Ultra!

One’s Justice 2 não tem os gráficos mais surpreendentes entre os jogos de anime. Os modelos dos personagens e as animações podem variar em qualidade, mesmo sendo visível a melhora quando comparamos com o primeiro game.

Mas isso não quer dizer que o game seja feio. A estética de “história em quadrinhos em movimento”, tanto em seus menus quanto na hora do combate, faz com que o jogo transpire estilo e seja divertido de se assistir. A dublagem japonesa original e a trilha sonora energética complementam o pacote, que no geral é positivo em sua apresentação.

Melhorou, mais ainda precisa de treino

Uma das maiores críticas em relação ao primeiro One’s Justice era seu conteúdo single player. O game possuía um modo história que, apesar de duas rotas, oferecia apenas algumas imagens estáticas do anime e eventuais cutscenes. Em One’s Justice 2, o modo retorna, porém, não muito melhor.

As duas rotas continuam dessa vez cobrindo partes da terceira e quarta temporadas do anime. A narrativa ainda é representada por painéis retirados diretamente do desenho, porém, dessa vez, levemente animados como um quadrinho. As cutscenes continuam escassas, mas quando aparecem, são excelentes.

Após alguns capítulos, o modo história começa a ficar cansativo por conta desse estilo de narrativa. São aproximadamente quatro horas de conteúdo, mas pouca variedade além de algumas lutas e leitura.

Durante a história, algumas missões são dadas oferecendo prêmios para customização. Entretanto, cada vez que o jogador não atinge um desses desafios, é necessário que ele volte ao menu principal e selecione a missão desejada, já que não existe um botão de retry.

Além do modo história, o jogador pode participar de um modo arcade, onde após uma série de lutas em três rotas distintas, é recompensado com algumas artes do personagem escolhido. É um modo bem básico e não gratificante o bastante para ser repetido diversas vezes.

O modo missão está de volta com novidades. O jogador comandará sua própria agência de heróis, recrutando os personagens com os recursos recebidos durante sua jogatina nesse e em outros modos. Após criar um time, é necessário escolher um dos vários “tabuleiros”, onde inimigos estão distribuídos e atacando áreas específicas, enquanto o jogador precisa navegar pelos caminhos certos eliminando seus alvos e coletando itens para recuperar a vida perdida durante os combates.

Apesar de ter diferentes tabuleiros, que exigem novas estratégias durante algum tempo, a repetição também acaba sendo uma vilã do modo missão, que se torna cansativo já que exige-se um certo grinding para aumentar individualmente o nível de cada um dos personagens recrutados, e para que isso aconteça, é necessário revisitar missões anteriores até atingir o nível desejado.

O modo versus está de volta, agora com uma novidade divertida: além de poder enfrentar amigos ou a CPU, quatro jogadores podem batalhar simultaneamente em um novo modo de jogo que relembra clássicos como “Power Stone”. Um jogador controla o personagem principal, enquanto o outro comando os assistentes, que podem ficar no mapa até serem atingidos por um dos inimigos.

 Esse modo é desequilibrado, o sistema de mira sempre colocará os personagens voltados ao lutador principal do time adversário, porém, nada disso afeta o quão caótico e divertido essas lutas podem se tornar.

Um modo treinamento também está disponível, permitindo que o jogador teste cada um dos heróis e customize as ações do adversário da melhor maneira possível para criar seus próprios combos.

Customização heroica

Seguindo os passos do primeiro game, One’s Justice 2 conta com um extenso número de itens customizáveis que podem ser adquiridos na loja, ou após completar as missões do modo história. São centenas de chapéus, máscaras, óculos, luvas e todos os tipos de acessórios possíveis, que podem ser equipados em qualquer um dos lutadores. Esses itens não se limitam apenas a representar personagens que estão no jogo. Diversos equipamentos de heróis que não mostraram as caras ainda na série estão disponíveis para o jogador criar o seu herói ou vilão ideal.

Heróis e vilões pelo mundo

My Hero One’s Justice 2 fornece algumas opções para ser aproveitado online, permitindo que o jogador crie salas para jogar com amigos, ou enfrente outros lutadores pelo mundo em partidas casuais ou ranqueadas. Alguns eventos serão adicionados com o tempo, mas ainda não foram divulgados.

Apesar de diversas vezes ser desconectado sem motivo algum mesmo antes de iniciar a luta, o game apresenta um net code consistente que não apresenta muitos problemas, mesmo quando enfrentamos oponentes de outros continentes.

Arena fighter heróico

My Hero One’s Justice 2 provavelmente não será o próximo grande jogo de luta no cenário competitivo, ou lembrado por ser o melhor jogo de anime já feito, principalmente por conta de seu conteúdo single player. No entanto, é impossível não se surpreender com o trabalho da ByKing em cima do combate base, separando o game dos outros anime fighters e oferecendo ao jogador opções e liberdade para criar seus combos e jogar como quiser.

O jogo já está disponível para Playstation 4, Xbox One, Nintendo Switch e PC.

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