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Niffelheim: sobra visual e trilha sonora, falta ritmo e dinamismo!

Mitologia nórdica, árvore de evolução, manejo de suprimentos e construção, batalhas perigosas, sobrevivência e uma bela trilha sonora. É assim que a Ellada Games construiu seu jogo, Niffelheim.

Confira nosso primeiro gameplay no vídeo abaixo e em seguida a nossa review:

Nosso primeiro contato com Niffelheim

Combinando diversos elementos em um ambiente 2D rico de detalhes e claro, também apresenta suas lacunas em certos momentos. O título remeteu à experiências anteriores de jogos de sobrevivência como Kingdom: New Lands e Metal Gear Survive (que apareceu aqui na GamePress).

Vamos ao nosso review contemplando os principais pontos, como visuais e áudio, jogabilidade e ritmo, não necessariamente nessa ordem. Antes desses critérios é importante contextualizar a nossa aventura, pois isso já nos permite entender e até mesmo prever o que nos aguarda durante a jornada.

DEFININDO NOSSA CLASSE E NOSSA MORADA

Nosso personagem pode ser um Viking, uma Valquíria, um Xamã ou um Berserk. Essa primeira escolha já nos possibilita direcionar o estilo de jogo preferido, onde cada classe possui vantagens, habilidades e uma série de outras características que determinam o modo de jogo. Porém, nosso herói não está mais no mundo terreno, sua alma sofreu um desvio durante a ascensão para Valhalla e acabou preso no submundo nórdico que dá nome ao jogo: Niffelheim.

As 4 classes disponíveis

Personagem escolhido, é hora de decidir a nossa morada em Niffelheim, mais quatro opções são ofertadas ao jogador. Onde mais uma vez a escolha poderá determinar o rumo da jornada, são elas: Colina do Urso Ancestral, Floresta do Lobo Caolho, Pântano da Águia do Deserto e Terreno de Dragão de Gelo.

Após definida nossa classe e nosso lugar no mundo, é chegada a hora de começar. Somos apresentados em frente à nossa cabana, que apesar de aparentar ser pequena, ao adentrar temos um ambiente amplo, cheio de lugares para construir itens, cozinhar alimentos, guardas nossos loots, nosso trono para descanso e uma vasta cadeia de cavernas que podem ser exploradas através do uso de nossa picareta. Claro, todos as ferramentas e armas possuem sua barra de estabilidade, então tenha parcimônia durante seu uso.

Os 4 mundos para estabelecer a morada

O QUE FAZER? COMO FAZER? QUAL O OBJETIVO? QUESTÕES POR TODOS OS LADOS!

Então surgiu a primeira pergunta: o que tenho que fazer? É nesse ponto que Niffelheim mostra um de seus problemas, não há descrição do que deve ser feito. As missões em muitos momentos não são explicadas e até nosso objetivo dentro do jogo foi encontrado na seção de tutorial, o que é um tanto quanto esquisito. Um mínimo de orientação é necessário para que o jogador possa entender e até mesmo decidir o que e como irá fazer para alcançar seus objetivos. Do contrário acaba deixando o jogador confuso e desestimulado para continuar a aventura, é a sensação de ‘te vira no mundo, rapaz! ’.

RITMO, OU A FALTA DELE

O jogador ter que se virar para saber o que tem de ser feito é algo que podemos relevar, mas desde que o ritmo seja convidativo e mais dinâmico do que nos foi apresentado. O deslocamento de nosso herói e sua desenvoltura nas batalhas nos ajudam a entender o motivo pelo qual ele foi derrotado e sua alma iniciou sua ascensão para Asgard.

A jogabilidade lenta e a baixa quantidade de informação podem ser barreiras difíceis de transpor, principalmente para jogadores novos no gênero ou que buscam uma aventura mais frenética.

Porém, nem tudo são trevas. A escolha por um início de review dos aspectos negativos é para enaltecer o trabalho da equipe da Ellada Games nos demais aspectos técnicos, como visuais e sonoros de Niffelheim. Além do mais, o que foi apontado como problema, pode ser justamente o fator decisivo para um entusiasta do gênero e do ritmo coloque o título como um dos melhores do gênero.

GRÁFICOS DESENHADOS A MÃO E UMA TRILHA ENVOLVENTE

O visual 2D de Niffelheim ornou muito bem com os visuais estilizados que remetem à desenhos feitos a mão, porém com uma riqueza de detalhes que chama a atenção. Noções de profundidade, sombreamento, neblina, vegetação e até nosso personagem, possuem detalhes e belos traços.

Uma boa ambientação, principalmente ao trazer a mitologia nórdica à tona, é essencial para uma imersão condizente com o que se é proposto. Esse aspecto foi muito bem trabalhado pela Ellada Games.

Aliado ao visual, o trabalho de áudio é merecedor de aplauso. Envolve e condiciona o jogador a sentir a tensa e sombria atmosfera de Nilffelheim. Tudo muito bem articulado e bem encaixado com o jogo.

VALE A PENA PERSISTIR PARA CHEGAR ATÉ VALHALLA!?

Para o grande público não, o jogo é restrito aos fãs assíduos do gênero. A falta de comunicação entre o jogo e o jogador cria barreiras que poderiam ser evitadas, criando um ambiente convidativo para os demais.

Visuais e trilha sonora contam para uma experiência envolvente, desde que o ritmo seja condizente com o que se propõe. E é justamente no ritmo que Niffelheim peca, deixando uma aventura nórdica um tanto quanto lenta. Equilibrar o gerenciamento dos recursos (seja derrubando árvores, coletando alimentos para cozinhar e coisas do tipo), com algo mais dinâmico na hora dos combates e de realizar as missões faria do jogo uma aventura um tanto quanto mais satisfatória.

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